Educação: nova política aprovada

Escrito por Davi Marreiro ,
Davi Marreiro é professor e consultor pedagógico
Legenda: Davi Marreiro é professor e consultor pedagógico

Conforme a Agência Câmara de Notícias, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na última quinta-feira, dia 4, a criação da Política Nacional de Educação Digital. “A proposta, que segue para o Senado Federal, traz ações para ampliar o acesso à tecnologia em cinco frentes: inclusão digital, educação digital, capacitação e especialização digital, e pesquisa digital.”

O texto aprovado é o substitutivo ao Projeto de Lei 4513/20. Entre as principais alterações realizadas no projeto, foram incluídas à Política Nacional do Livro perspectivas essenciais dessa nova política educacional. Em resumo, essa proposta também modificará a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Com isso, os currículos da educação básica, a partir do ensino fundamental, deverão assentar as competências digitais no decorrer das suas etapas.

O texto também determina o ensino de computação, programação, robótica e outras competências digitais em todos os níveis de escolaridade brasileiros”. Posto isso, precisamos, no mínimo, hastear o seguinte questionamento: alcançaremos tais ideais de forma célere e igualitária?   

Sejamos otimistas? Melhor dizendo, idealistas? Visto que, como disse Henry Mencken, para idealistas deslumbrados, uma rosa além de cheirar melhor, sempre será mais nutritiva do que um repolho. Segundo a Câmara, a Educação Digital será garantida e regulamentada pelo poder executivo federal e deverá ser contemplada nas leis orçamentarias e no plano nacional plurianual.

Parafraseando Wertheimer, no fim de contas, quando o idealista mete a mão no bolso, torna-se inconscientemente realista. Uma realidade sentenciosa, pois essa previsão de financiamento não será garantia de custeio ínclito ou funcionamento mirífico, uma vez que, atualmente em nosso país tornou-se moda contingenciar recursos educacionais.

Enfim, o que esperamos de fato é que os eixos estruturais dessa nova política educacional sejam cumpridos, já que, algumas das mais legítimas necessidades da educação nacional não são mais novidades. Educação Digital não é uma novidade, sim uma necessidade! Logo, é inútil fazer o possível. Precisamos fazer o que é necessário.   

Davi Marreiro é consultor pedagógico

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024