Dia do Médico

Escrito por Aurillo Rocha ,

O Dia do Médico é uma data em que, tradicionalmente, celebramos com orgulho. É comemorada em 18 de outubro, em referência ao Dia de São Lucas, padroeiro da Medicina, médico grego que viveu na cidade de Antioquia, no primeiro século. O coronavírus nos trouxe uma nova realidade reflexiva, um novo olhar para o mundo, para a própria vida e muitas reflexões! 

Ser médico ainda acredito ser carregar esse sonho desde os berços de nossas vidas. É razão, esforço e paixão juntos. Poder juntar ciência, prestação de serviços e cuidados, como privilégio e dádiva, trazendo razão, compaixão e reforço às vidas dos pacientes. Ter razões e inspirações pessoais, motivação de sentimentos de luta pela vida, ser solidário ao próximo, conhecer nosso corpo baseado em racionalidades científicas e recomendações de boas práticas, trazer alegria sempre, amenizando o sofrimento. Às vezes, nos atraímos por diferentes causas nas nossas escolhas de sermos médicos, mas poder ser uma fonte de conforto, alegria e bem-estar são sempre essenciais, sem isso, não se completa.

A pandemia está para um reaprendizado, em que todos os médicos e profissionais de saúde, estão envolvidos desde o primeiro dia até o último, em lições de vida e reflexões. Ser médico é ter, desde a faculdade, alguns “perrengues” e esforços redobrados. Olhando adiante há demanda por profissionais com habilidades comportamentais e não mais somente técnicas. Como pensar mais e melhor sobre o que e como fazer? O Médico do futuro deverá se envolver como ser humano do futuro e viver intensamente as mudanças e nossos limites. 

Há diferenças em saber medicina e ser médico, ter empatia pela profissão, pelos pacientes, trabalhar em equipe e ouvir e respeitar opiniões nas tomadas de decisões. Competências são mais que memorizar condutas. A felicidade do ser humano e da profissão de médico é individual e como outras profissões envolve satisfação de vida, possibilidades e desafios. Faria todo caminho novamente e feliz de buscar novamente o sentimento de poder ser útil; e reaprender por intenção, por curiosidade e por reverência à vida!

Aurillo Rocha é oncologista e presidente da Associação Médica Cearense

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024