Crescimento das empresas familiares: a governança é chave para a sobrevivência

Escrito por Jurema Aguiar de Araújo , juremaaguiar@terra.com.br

Legenda: Jurema Aguiar de Araújo é especialista em estratégia, marketing e inovação
Foto: Arquivo pessoal

Muitos são os desafios para as empresas familiares que, com a pandemia, mostraram resiliência. Elas tiveram que se reinventar e procurar novas formas de chegar no seu público-alvo, mas a maioria delas se destacaram e mostraram para o país o motivo pelo qual são tão importantes. 

Dados do IBGE mostram que 90% das empresas no Brasil possuem perfil familiar, elas são responsáveis por mais da metade do PIB e empregam 75% da mão de obra do país. Diante disso é inevitável pensar que não existe recuperação econômica sem o avanço das empresas familiares.

Segundo a Pesquisa Global sobre Empresas Familiares, 60% delas têm como principal objetivo expandir seus negócios para novos mercados de atuação ou aumentar o segmento de clientes. 

E nessa nação empreendedora por natureza, um plano de sucessão é necessário para preservar esses negócios. Apesar dessa ser uma prática fortemente recomendável, apenas 24% das empresas têm um plano de sucessão formal, como indica a Pesquisa Global sobre empresas familiares realizada pela PwC em 2021. Mas com tantos assuntos a serem resolvidos, como é possível estruturar a sucessão familiar? Há muitos temas na agenda e o urgente é inimigo do importante. 

Por isso, iniciar com a formação de um conselho consultivo é o primeiro degrau. Um conselho com experiências e formações diversificadas tem a condição de oxigenar a empresa que passa a expandir seus negócios e produtos. A preparação da organização para a chegada de um sócio ou abertura de capital é outra razão para iniciar a governança, já que o colegiado guia os administradores visando o crescimento e a longevidade da empresa. 

Tive essa experiência na minha família. Era adolescente quando vi a empresa do meu pai fechar após o falecimento dos fundadores e sem um plano de sucessão. Mas naquela época não havia uma oferta de conselheiros preparados como agora. Hoje, há muito mais condições das empresas familiares brasileiras acumularem finais felizes. 

Jurema Aguiar de Araújo 
Especialista em estratégia, marketing e inovação

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