Comportamento

Escrito por Gonzaga Mota ,

Já ressaltamos, neste espaço, em 20 de novembro do corrente ano, também de forma resumida, que o capital social poderia ser analisado sob dois aspectos complementares: tradicional e comportamental. Acreditamos, inclusive, que os investimentos e gastos sociais só evidenciarão eficácia permanente e estratégica desde que ocorram modificações no comportamento do setor público, bem como no das pessoas. Ademais, valeria a pena destacar que é importante não confundir a educação cognitiva – capacidade de adquirir conhecimento mediante métodos convencionais – com a educação comportamental. 

Com relação ao setor público não é conveniente a busca do poder pelo poder, pois os integrantes daquele setor são escolhidos para servir e não para serem servidos. Por sua vez, orientações “maquiavélicas” não conduzem um povo a uma situação de tranquilidade política, democrática, de ordenamento jurídico, de crescimento com distribuição de renda, numa perspectiva de redução das desigualdades. Sob o ângulo das pessoas (aspecto individual) a manifestação da justa solidariedade somente será alcançada quando houver a valorização dos sentimentos espirituais e não apenas materiais. Como disse São Tomás de Aquino: “Há homens cuja fraqueza de inteligência não lhes permitiu ir além das coisas corpóreas”. A existência humana não significa viver, porém procurar um bom motivo para viver. A verdade é irmã gêmea da virtude e o sentido da vida é observado por aqueles que possuem boas atitudes. 

No momento, “o mundo está em cólicas”, como disse certa vez Oto Lara Rezende. Portanto, o comportamento (capital social) da humanidade precisa ser repensado para termos paz, justiça e amor. Segundo Albert Einstein: “O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade e mais: “A imaginação é mais importante que o conhecimento”.

Gonzaga Mota

Professor aposentado da UFC

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024