Cibersegurança na energia

Escrito por Anselmo Lacerda Gomes , anselmo_lacerda@atlantico.com.br
Anselmo Lacerda Gomes é software developer no Instituto Atlântico e colíder da Plataforma de Segurança da Informação
Legenda: Anselmo Lacerda Gomes é software developer no Instituto Atlântico e colíder da Plataforma de Segurança da Informação

A digitalização dos processos para geração, transmissão e distribuição de energia elétrica apresentou expansão de forma considerável nos últimos anos. Esse processo pertence a um dos três Ds de energia que recomenda que a atuação do setor elétrico seja mais descentralizada, descarbonizada e digitalizada. Contudo, conforme essas inovações adentram na área, as preocupações com a cibersegurança devem ser prioridade.

Os processos automatizados trazem benefícios, mas são alvos em potenciais ataques cibernéticos. Os cibercriminosos se aproveitam para realizar ataques virtuais que podem comprometer todo o ciberespaço das empresas. Conforme dados elaborados pelo estudo da Digital Trust Insights 2021, da PwC, 58% das empresas de energia acreditavam que os serviços de nuvem iriam sofrer tentativas de ataques cibernéticos nos 12 meses seguintes à pesquisa.

A principal ameaça temida é o ransomware, um tipo de malware que criptografa seus dados, bloqueando o tráfego de informações do sistema infectado. Para que as operações voltem ao normal, os infratores pedem um resgate de altos valores, normalmente em criptomoedas, para devolver o acesso.

Esses malwares, como vírus, cavalos de tróia e spywares são empregados para desestabilizar os sistemas, causando danos no financeiro e também na reputação das empresas. Para evitar o ataque, é necessário realizar um investimento em cibersegurança e também implementar boas práticas de governança.

Lembre-se: a empresa não preserva apenas os seus ativos, mas resguarda também seus clientes e agrega valor aos seus produtos e serviços, além de auxiliá-las a se manterem em compliance com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). O benefício mais relevante da cibersegurança é garantir a proteção de informações dos seus diversos públicos, tal como aqueles de caráter operacional e interno. Desta forma, o retorno do uso de práticas e ferramentas que fortalecem sua segurança digital está conectado diretamente ao bom funcionamento da sua organização. As companhias que ainda tratam sua cibersegurança em segundo plano estão fadadas a pôr em risco a proteção de suas transações, sistemas e comprometer a saúde de sua produtividade. Além de sofrer sanções administrativas e pagamentos de multas de acordo com a LGPD.

Anselmo Lacerda Gomes é software developer no Instituto Atlântico e colíder da Plataforma de Segurança da Informação.
 
Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024