Campanha inicia no pós-carnaval

O embate entre Jair Bolsonaro e Lula da Silva parece constituir o panorama mais visível, embora outros nomes surjam com surpreendente força e propagação

Escrito por Mauro Benevides ,
Mauro Benevides é jornalista e senador constituinte
Legenda: Mauro Benevides é jornalista e senador constituinte

Passada a fase carnavalesca, certamente a campanha eleitoral será vista com melhor intensidade, a começar pelas configuradas candidaturas a presidente e vice, com os esboços iniciais de coligações, em meio a composição entre legendas e a definição das Convenções, juntando grupos que passarão a caminhar unidos, num confronto gradual, despontando, em definitivo, as siglas de postulantes à Chefia de nossa Nação, em agrupamentos que se dimensionarão com indubitável firmeza, uniformizando agendas programáticas, assim, marchando em direção às campanhas e, em seguida, à eleição.

O embate entre Jair Bolsonaro e Lula da Silva parece constituir o panorama mais visível, embora outros nomes surjam com surpreendente força e propagação, culminando no desdobramento de alianças aguerridas, dispostas ao enfrentamento na batalha urnística de outubro vindouro, em todos os recantos do País.

Se é certo que o atual e o ex-presidente buscarão reforço de diversas correntes partidárias, é também inevitável que tais movimentos façam emergir outras alternativas de ponderabilidade assemelhada, daí tornar-se evidente que o quadro ensejará novas articulações, espelhadas nos mesmos roteiros, num primeiro turno que levará às urnas coalizões formadas habilmente, num somatório apenas cogitado superficialmente.

Desde já, o delineamento dessa dualidade na “segunda rodada” pode ser visualizado dentro de conotações sólidas, ao sabor da opinião pública, transformada em autêntico termômetro de aceitação popular, estimulada por versões expostas na mídia, pela voz autorizada de líderes prestigiosos.

Os canais televisivos e radiofônicos destinarão horários sucessivos para manter atenta a legião de telespectadores e ouvintes, num pleito onde nem as cepas virais impediriam aglutinações que venham a ocorrer, dando mais entusiasmo à acirrada competição que já se aproxima.

Há quem vaticine que, no mais tardar, em junho, o cenário delinear-se-á com mais nitidez, apontando para aqueles que estarão impulsionados pela preferência da massa votante.

Partindo dessa diretriz, é o caso de repetir-se o conhecido adágio, segundo o qual “o futuro a ninguém pertence...”.

Mauro Benevides é jornalista e senador constituinte

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024