Autoconhecimento

Escrito por Celina Moraes ,

Há quem os critique, há quem os ame; eles já me resgataram do fundo poço e lhes sou grata: os livros de autoajuda. Acredito no "querer é poder" junto com o "querer é agir para poder". Tem de ter um equilíbrio entre capacidade, ação, oportunidade e conhecimento do que ignoramos.

Quanto mais investimos no autoconhecimento, mais descobrimos nossos talentos e limitações, defeitos e qualidades. Os livros são um dos caminhos para a autodescoberta. É difícil alguém se contentar só com o peixe, conhecendo sua capacidade de ter uma peixaria.

O universo capta as vibrações negativas e nos devolve. Então, não adianta o rosto sorrir se o âmago está repleto de rancor. Redes sociais hoje são fontes de provocações. É preciso vigiar nossa mente e nos vigiar.

Os livros me ajudaram a não me iludir que a felicidade estará na formatura, na casa própria, no casamento, em outro emprego, cidade etc. A verdadeira jornada do bem-estar é a mente.

Conciliar rosto e alma é difícil quando o mundo cai à nossa volta, mas é um ingrediente de êxito. Pratiquei o poder do autoconhecimento e do pensamento positivo com ações nos desempregos.

Leitura não abastece a despensa, mas abastece o cérebro. No autoconhecimento, descobri uma atividade que dependia só de mim, tornando-me independente do mercado de trabalho. Não existe "antigamente era melhor". Qualquer época que se viva sem emprego e sem dinheiro é insuportável. Basta ler as biografias de vencedores de todos os séculos.

Quem se autoconhece, não se esmorece com críticas nem se deslumbra com elogios. Numa época de cancelamentos, provocações e polarizações virtuais, é mais importante ainda porque quem se autoconhece se fortalece, e sabe que revidar é sempre a pior escolha.

A filosofia de Sócrates do "Conheça-te a ti mesmo" de mais de 2.300 anos é uma regra de ouro para olhar a vida como ela é: bela, breve e sagrada. Estime-a.

Celina Moraes
Escritora

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