Aulas presenciais e saúde ocular

Escrito por Massilon Vasconcelos , massilonvasconcelos@hotmail.com

Foto: Arquivo pessoal

A pandemia do novo coronavírus trouxe consequências ainda a serem mensuradas. Os prejuízos vão de econômicos, sociais, com o distanciamento, e, sobretudo, de saúde individual e coletiva. Com o avanço da vacinação e a cada dia mais pessoas com o ciclo de imunização completo, a volta às aulas presenciais começou a se tornar realidade.

De forma híbrida ou mesmo presenciais, os encontros acontecem obedecendo a etiqueta de biossegurança. É bem sabido por especialistas os prejuízos educacionais nesses quase dois anos de pandemia. Sabe-se também, do crescimento dos casos de miopia durante esses períodos em crianças na faixa etária escolar. Isso, em consequência da maior exposição às telas.

Nesse momento de retomada das aulas, pais e profissionais devem ficar atentos ao desinteresse nas atividades escolares e queda de rendimento, pois, podem estar diretamente ligados a problemas de visão. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de problema visual. As principais alterações nos olhos podem ser: estrabismo, miopia, astigmatismo - sensibilidade à luz - e a ambliopia, também conhecida como “olho preguiçoso”.

Essas alterações, além de comprometer o desempenho das atividades escolares, podem trazer dor de cabeça, indisposição e, em alguns casos, até enjoos. Além disso, é preciso ficar atento aos desconfortos observáveis no próprio comportamento da criança ou adolescente. Eles vão de coceira intensa nos olhos, sinal de ressecamento, dificuldade na leitura ou até mesmo lacrimejar em excesso.

O retorno das aulas merece atenção especial. Não só por parte dos encontros presenciais, mas pela saúde ocular de crianças e adolescentes. Consultas regulares ao médico oftalmologista e àquelas que já usam óculos ou algum tipo de correção ocular para fazer uma nova avaliação, porque eles podem estar fracos ou
incorretos. Outros casos, podem requerer tratamentos a longo prazo ou algum tipo de intervenção cirúrgica. Assim, o rendimento escolar pode ser aumentado e a volta à sala de aula com todo cuidado e segurança que os pequenos merecem.

Massilon Vasconcelos
Oftalmologista

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