Adaptar-se é preciso

Escrito por Ricardo Sanchez Herreira ,

Estamos em um período de mudanças. Isso é claro. O que tem surpreendido, no entanto, é o poder de adaptação a elas. Não é de hoje que as evoluções tecnológicas e as novas demandas pressionam os mais diversos profissionais a correrem contra o tempo e a se adaptarem.

As previsões e análises sobre as profissões do futuro empregam todos os anos um ritmo alucinante nas pessoas pela busca da reinvenção já que muitas funções tendem a deixar de existir. E aqui uso o "tendem" porque há duas décadas anunciavam o fim do cobrador de ônibus. De fato, uma ocupação que diminuiu, se adaptou, mas continua entre nós.

Enquanto estávamos numa onda de reclamar que as redes sociais e o mundo digital distanciavam as pessoas, pontuando que na mesa do jantar ficava cada um no seu celular, perdendo conexões pessoais, fomos surpreendidos pela nova realidade, de quarentena forçada, em que, se não fossem as mesmas ferramentas tão criticadas, estaríamos totalmente isolados.

A internet, aquela que poderia tirar o emprego de tanta gente, hoje é mais um meio de contratação. As pessoas se adaptam rápido. Mas, mais do que isso, os profissionais se adaptam muito rápido. A relação supervisionada do escritório virou relação de confiança e produtividade no home office. Equipes estão mais focadas em combinar entregas e na prestação de serviços do que na velha relação patrão X empregado.

As competências emocionais nunca foram tão testadas, assim como a flexibilidade e a paciência nunca foram tão praticadas. E o resultado disso? Sucesso corporativo. Profissionais da área de eventos empresariais, por exemplo, nunca imaginaram prestar serviços para pessoas físicas, muito menos via delivery ou drive-thru. Assim, notamos que a verdadeira luta pela sobrevivência deixa bons legados. Basta não parar, sempre se adaptar. E o ser humano sabe fazer isso.

Ricardo Sanchez Herreira
Diretor de RH & Eventos da Consiga+

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024