A urna com poder decisório

Escrito por Mauro Benevides ,

Argutos observadores do processo eleitoral costumam afirmar que as oscilações de pesquisas apontam para uma fase isolada de ascensão ou desgaste do prestígio de postulantes a órgãos majoritários, já que a multiplicidade de inscritos para cargos no Legislativo são submetidos ao crivo do voto proporcional, que determina o número de vagas destinadas a cada legenda, num explícito cálculo matemático, com vistas a preencher, de forma equânime, as cadeiras da Câmara Municipal.

Inegavelmente, a Capital galvaniza as atenções da mídia, diante de aferições a cada 48 horas, com alterações que ensejem novas mobilizações daqueles que desejam guindar-se à municipalidade, num embate envolvendo – no caso de Fortaleza – pleiteantes bem cotados, com reais chances de ascenderem à direção máxima de nossa Metrópole.

No passado, homens que foram alçados à curul prefeitural de nossa urbe chegaram a tal posição após disputas ferrenhas, as quais, muitas figuras da atual geração acompanharam de perto, guardando delas recordações de valor histórico, podendo servir de estímulo aos novos atores da cena política fortalezense.

Com base em avaliação recente, o panorama aponta para Capitão Wagner, Dr. Sarto, Luizianne Lins e Heitor Ferrer, todos empenhados em buscar maior projeção, ensejando a disputa entre os respectivos comitês, ávidos por identificar, na próxima coleta de tendências, melhor situação de seu candidato.

Para os que exerceram mandato de vereador, acompanhar essas evoluções torna-se verdadeiro imperativo, motivando opiniões com acenos otimizantes, em relação a novas sondagens de institutos especializados.

Há quem diga que assessores de Roberto Cláudio, hoje, ocupante do Paço Municipal, promovam análises diariamente, glosando índices com rara sensatez, submetidos de imediato a hábeis estrategistas.

É o caso de invocar-se o refrão “está chegando a hora...”.

Mauro Benevides

Jornalista e senador constituinte