A força da mulher

Escrito por Gilson Barbosa - Jornalista ,

O maranhense Humberto de Campos (1886-1934) registrou, em seu livro póstumo “Destinos”, de 1935, algumas impressões sobre a alma e a força da mulher. Disse ele que “a alma, nas mulheres, é tudo. Aquele que jamais teve a dedicação de uma (…), não conheceu a graça e a beleza da vida. A mulher não é apenas carne: é , acima de tudo, espírito. A rosa sem o perfume é um punhado de pétalas, que o vento leva”. As palavras do autor enaltecem o espírito feminino, colocando-o muito acima, já à época, da visão míope dos homens que não reconheciam a inteligência e a capacidade da mulher e que impunham muitos limites aos seus avanços. Felizmente, o tempo passou e as elas gradativamente conquistaram o espaço que lhes foi cerceado por séculos. A história da guardará para sempre os nomes de inúmeras pioneiras que, em seus diversos campos de atividade, desbravaram novos horizontes para as mulheres, combatendo preconceitos, reformulando antigas convenções que antes prevaleciam inabaláveis, como dogmas, em seu prejuízo.

Com a passagem dos anos, em especial da década de 1930 para cá, inicialmente de forma lenta, mas com mais intensidade a partir dos anos 1960, as mulheres ampliaram sua atuação na sociedade. Deixaram as limitadas funções de donas de casa, subservientes e pacatas, para se arrojarem a grandes desafios. Hoje, atuam nos mais diversos setores da economia, da política, das artes e das mais variadas profissões. Quebraram os grilhões que restringiam seus passos, as grades que barravam seus horizontes! E, graças a esse espírito corajoso e inquebrantável, com sensibilidade e delicadeza, agem para que o mundo seja menos interessante do que certamente seria sem sua participação. Nesta semana em que celebramos o Dia Internacional da Mulher, reconhecemos e homenageamos sua importância, no exercício dos mais diversos papéis, na construção de uma sociedade melhor e mais humana.

Consultor pedagógico
Davi Marreiro
16 de Abril de 2024