A ascensão da pós-opulência e o mercado de luxo

Escrito por Bosco Nunes ,
Bosco Nunes é especialista em experiência do consumidor
Legenda: Bosco Nunes é especialista em experiência do consumidor
O mercado de luxo, ao ter seu público ampliado, passou a ser associado à ostentação e ao consumo desenfreado e passou por uma transformação significativa. Contudo, trazendo um pouco mais de consciência a esse consumo, temos a pós-opulência, um conceito que desafia os padrões estabelecidos e (re)define (ou resgata) o significado do luxo.
 
A pós-opulência transcende a mera exibição de riqueza: o valor de um produto ou serviço vai além da marca, englobando a qualidade intrínseca, a experiência do cliente e a sustentabilidade. O consumidor de luxo de hoje (e do futuro) busca produtos autênticos, com histórias e valores que ressoam com seu estilo de vida. A marca, nesse contexto, é apenas um complemento, um “selo de autenticidade”.
 
É comum confundir a pós-opulência com a mediocridade premium, um fenômeno em que o status da marca é utilizado para justificar produtos de qualidade inferior. Enquanto a pós-opulência busca a harmonia entre marca e produto, mais próxima do quiety luxury, a mediocridade premium se aproveita da reputação da marca para vender produtos de baixo valor agregado.
 
Se você é empresário, deve estar se perguntando “Quando utilizar cada estratégia?” A escolha entre pós-opulência e mediocridade premium depende dos objetivos da empresa e do perfil do seu público-alvo.
 
A pós-opulência é ideal para marcas que buscam construir relacionamentos duradouros com seus clientes, baseados em confiança e respeito e é essencial para mercados mais maduros. Já a mediocridade premium, pode ser uma estratégia de curto prazo para aumentar a lucratividade e tende a funcionar melhor em mercados consumidores menos maduros ou informados.
 
É comum que uma mesma marca pratique ambas as estratégias em diferentes contextos. A exemplo marcas como Tommy Hilfiger e Fiat que possuem produtos, ou versões deles, específicos para mercados menos exigentes, definidos por geografia, cultura, geração, entre outros.
 
Construir uma reputação de marca sólida, baseada na qualidade dos produtos e serviços, é fundamental para o sucesso a longo prazo. Uma marca forte atrai clientes recorrentes, gera maior valor percebido e aumenta a lucratividade. Vale refletir: Que estratégia estou utilizando? Ela é sustentável e vai ajudar a alcançar os objetivos futuros?
 
Bosco Nunes é especialista em experiência do consumidor 
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