No Ceará, número de transplantes em meio à onda mundial de Covid-19 caiu pela metade em relação ao primeiro semestre de 2019; campanha busca combater desinformação e incentivar ato de solidariedade
O Estado foi o mais afetado pela diminuição no Brasil, seguido por Pernambuco, com queda de 58,3%, e o Rio de Janeiro, com menos 40%. No Ceará, 12 pessoas morreram na fila de espera por um fígado durante a pandemia
O índice estipulado para 2019 no Ceará era de 27 doadores efetivos a cada milhão de habitantes. O Estado chegou à taxa de 28,3. No Brasil, somente Santa Catarina e Paraná tiveram resultados mais expressivos
O número poderia ser ainda maior, mas esbarra na Legislação brasileira, que só permite a doação de órgãos após morte encefálica
Entre 2015 e 2018, 845 pessoas foram doadoras no Estado. Deste total, 603 tiveram múltiplos órgãos transplantados a pacientes. Neste ano, de janeiro a setembro, foram 116 casos. Conscientização de familiares ainda é desafio
Primeiro colocado do Nordeste em número efetivo de transplantes, Estado já remeteu, em 2019, 41 órgãos, tecidos e insumos para hospitais do Brasil, enquanto recebeu 27 materiais biológicos, principalmente de unidades vizinhas
Médicos especialistas e gestores em saúde discutiram, em evento na Universidade de Fortaleza, projeto de Lei em tramitação no Congresso, que garantirá a vontade manifestada de doadores, independentemente da família
Mesmo sendo referência em transplantes no Brasil, o Estado continua a enfrentar o obstáculo de conscientizar a população sobre a importância da doação em um momento delicado, mas fundamental
Referência na área, Estado acolhe pessoas de outras partes do Brasil, que tentam ingressar na lista de espera. Os bons índices de doação também permitem o envio de órgãos a diferentes regiões, como Sudeste e Sul do País
"Dessa forma, ela ajuda outras pessoas que precisam e diminui nossa dor", relatou o irmão da campeã cearense de surfe