O exame ocorreu com ordem judicial, a pedido de promotores de Justiça que atuam em Esplanada (BA), município em que capitão Adriano morreu fuzilado em 9 de fevereiro, após supostamente revidar com tiros uma operação para prendê-lo
A ficha disciplinar de Adriano da Nóbrega contrasta com a declaração do presidente no sábado (15) de que, quando recebeu a Medalha Tiradentes, maior honraria da Alerj, o ex-PM era "um herói da Polícia Militar"
O presidente disse que tem receio de haver distorções na perícia oficial e que alguém poderia até inserir áudios supostamente falsos para relacioná-lo ao miliciano
As circunstâncias da morte expõem uma série de dúvidas sobre a rede que deu suporte a Adriano e sobre a própria versão oficial da morte dele
A quebra do sigilo foi feita dentro da apuração sobre o envolvimento de integrantes da organização criminosa conhecida como Escritório do Crime na execução da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes
Adriano da Nóbrega era investigado por supostamente chefiar a milícia Escritório do Crime, que explora comunidades pobres, promove extorsões e comete homicídios por encomenda, entre outros delitos
Fuga aconteceu quando Adriano Magalhães da Nóbrega ainda estava foragido. Ele foi morto no domingo (9), na cidade de Esplanada, na Bahia
O sociólogo e estudioso das milícias, José Cláudio Souza Alves, aponta para evidências de que a morte do ex-capitão do Bope durante operação conjunta das polícias da Bahia e do Rio de Janeiro, no domingo (9), seja um exemplo de queima de arquivo
Foragido desde a operação que prendeu a cúpula do Escritório do Crime, em janeiro de 2019, Adriano estava na Bahia e chegou a escapar da polícia no dia 31 de janeiro deste ano, quando os agentes foram à casa em que ele estava escondido até então
Foragido desde janeiro do ano passado, Nóbrega é apontado como chefe do "Escritório do Crime", milícia suspeita pela morte da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, assassinados em março de 2018