Uso de tecnologia 4.0 na indústria do CE ainda é incipiente

Pré-disposição para ampliar participação aumentou na pandemia

Escrito por Redação , negocios@svm.com.br
Legenda: No pós-pandemia, as soluções 4.0 mais utilizadas na indústria terão foco em vendas e marketing digital

Com a necessidade de adaptação e reinvenção durante a pandemia, os empresários da indústria cearense passaram a demonstrar mais interesse em soluções automáticas, buscando melhor eficiência e lucratividade dos negócios.

Segundo o assessor especial da diretoria de Inovação e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Raphael Campos, a crise do novo coronavírus gerou uma pré-disposição maior à chegada da Indústria 4.0 no Estado.

Segundo ele, os casos de empresas que já fazem uso dessas tecnologias no Ceará são apenas pontuais.

"Nós tivemos um processo de adaptação por conta do isolamento social, mas coisas bem básicas. Em relação a tecnologias mais sofisticadas na automação, ainda não de maneira generalizada", afirma.

Campos pontua que, no pós-pandemia, as soluções da geração 4.0 mais utilizadas na indústria serão aquelas com foco em vendas e marketing digital. "A parte de relacionamento com o cliente vem primeiro que a manufatura propriamente dita, que os processos fabris, e mudanças mais robustas", explica.

O assessor ainda destaca que é preciso desmistificar o processo de automação das rotinas produtivas. Tendo isso em vista, o painel de abertura do I Fórum de Transformação Digital do Sistema Fiec - iniciado ontem (4) - abordou a Indústria 4.0 e automação industrial no cenário pós-Covid-19. "A forma que essas iniciativas são colocadas em prática podem ser simples, buscando casos de sucesso, exemplos do que pode ser feito".

Eficiência

Participante do painel, o CEO da Forsee, Márcio Mariano Júnior, detalha que sua empresa coleta as informações próprias, como capacidade e recursos, e do mercado para traçar uma operação mais econômica e produtiva.

Com esses dados, o sistema faz automaticamente recomendações diárias do quanto de matéria-prima precisa ser adquirida, quanto se precisa produzir, como movimentar a produção, entre outros detalhes.

"É tudo sem complexidade, fazer a partir do que tem dentro da casa. E conseguimos uma adaptação rápida da empresa ao que o mercado exige dela. Temos o exemplo de uma empresa cearense cujas vendas foram a zero em abril, por conta da pandemia. Em maio, conseguimos recuperar 70% desses resultados e trazer um lucro até maior do que quando as vendas estavam dentro da normalidade", explica Márcio Mariano Júnior

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