Tecbio é destaque tecnológico

Pioneiro no desenvolvimento de pesquisas na área de biodiesel ainda na década de 70, o Ceará desponta agora como líder nos estudos da terceira geração de combustíveis limpos. A empresa Tecnologias Bioenergéticas LTDA. (Tecbio), que tem como um dos sócios o engenheiro químico Expedito Parente, desenvolve o bioquerosene, alternativa ao querosene de aviação (QAV), produzido a partir de plantas oleaginosas. Em fase de testes nos Estados Unidos, o produto despertou o interesse da Boeing, gigante da aviação internacional, bem como da Agência Espacial Americana (Nasa) e da Petrobras.
A Tecbio é exemplo de empresa de base tecnológica. Fornecendo plantas (equipamentos e serviços) para produção de biodiesel no Brasil e no exterior. Parente prevê três ondas para os biocombustíveis produzidos no País. ´A primeira, que já se consolidou, foi a do etanol. A segunda é a do biodiesel e a terceira será a da bioquerosene, que servirá para abastecer as grandes turbinas de avião´, anuncia. O pesquisador cearense lembra que, no caso dos estudos sobre bioquerosene, os testes de aplicabilidade devem levar à perfeição.
O primeiro teste com o combustível ecológico foi feito, em 1984, quando um avião militar Bandeirante voou de São José dos Campos (SP) a Brasília, com bioquerosene. ´O programa sofreu um processo de interrupção, porque na época não havia preocupação com as questões ambientais e nem com a falta do petróleo. Mas agora, tudo está sendo retomado´, diz o ´pai do biodiesel´, assim conhecido por ter obtido a primeira patente mundial do combustível, em 1977.
Para Expedito Parente, o Brasil tem totais condições de se consolidar na posição de vanguarda da produção de biocombustíveis. Para isso, é preciso fomentar a produção de matéria-prima nativa de cada região. ´No Nordeste, o trabalho pode ser focado na produção do pinhão manso e da mamona´, avalia, destacando que a produção do petróleo terá redução gradativa. (SC)
EM HORIZONTE - Cerâmica Topline vai fabricar tijolos ecológicos
Investir em processos produtivos que não agridam o meio ambiente é fator de competitividade para as empresas. Pensando nisso, a Cerâmica Topline, especializada na produção de tijolos ecológicos, já nasce com este propósito. A fábrica, que já está com galpão e equipamentos instalados e, além dos tijolos, produz lajes pré-moldadas voltadas para construção de casas populares, deve ser inaugurada em fevereiro deste ano, na cidade de Horizonte.
O tijolo convencional precisa ser cozido em fornos nas olarias e, para isso, é necessário queimar muita lenha. Para cada milheiro de tijolos, são necessárias, aproximadamente, cinco árvores. Já o tijolo ecológico é fabricado a partir da prensagem do solo e cimento, não queimados, evitando o corte de árvores e poluição do ar.
Outra vantagem desse tipo de tijolo é a redução dos custos na construção. Ele dispensa acabamento, pintura e, por ser auto-encaixável, dispensa mão-de-obra especializada. A economia chega a ser de 30% a 50% do custo da alvenaria. A Topline irá gerar 35 empregos diretos e 85 indiretos. (SC)