Taxa de desemprego fica em 14,3% no trimestre até outubro, diz IBGE

População desocupada soma 14,1 milhões no trimestre até outubro, diz IBGE

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Carteira de Trabalho
Legenda: A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.529 no trimestre até outubro
Foto: Agência Brasil

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,3% no trimestre móvel encerrado em outubro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mensal divulgados nesta terça-feira (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou abaixo do piso de 14,50% das expectativas dos analistas consultados na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo teto era de 15,00%, com mediana de 14,70%.

> Apesar de PIB, desemprego e dívida superam emergentes
> Mesmo na pandemia, Ceará gerou 1,43% mais empregos que em 2019

Em igual trimestre móvel de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,6%. No terceiro trimestre, encerrado em setembro, a taxa de desocupação ficou em 14,6%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.529 no trimestre até outubro. O resultado representa alta de 5,8% em relação a igual trimestre móvel do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 207,9 bilhões no trimestre móvel encerrado em outubro, queda de 5,3% ante igual período do ano anterior.

Desemprego
Como já era esperado por economistas, a fila de desempregados seguiu crescendo no trimestre móvel terminado em outubro. A população desocupada somou 14,061 milhões de brasileiros no trimestre até outubro.

Em termos absolutos, o contingente de desempregados segue próximo do recorde, de 14,105 milhões, registrado na virada de 2016 para 2017, fundo do poço da recessão de 2014 a 2016.

Na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, o contingente de desocupados cresceu 7,1%, com 931 mil brasileiro a mais no desemprego. Ante um ano atrás, a alta foi de 13,7%, com 1,694 milhão de desocupados a mais.

O crescimento da desocupação já era esperado porque grande parte dos trabalhadores que perderam seus trabalhos, ou seja, saíram da população ocupada, foram para fora da força de trabalho.

Por causa das medidas de isolamento social para conter a pandemia de covid-19, muitos que perderam suas ocupações, tanto formais quanto informais, ficaram em casa e evitaram procurar novas vagas.

Pela metodologia internacional das estatísticas de mercado de trabalho, seguida pelo IBGE, só é considerado desocupada a pessoa que tomou alguma atitude para buscar ativamente um trabalho.

Assim, conforme as medidas de isolamento foram sendo flexibilizadas, ao longo do terceiro trimestre, a partir de junho, mais trabalhadores voltaram, aos poucos, a procurar trabalho. Aqueles que não encontraram foram considerados desocupados.

 

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.
Assuntos Relacionados