Subutilização da força de trabalho bate novo recorde no país em abril, diz IBGE

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (PNAD C), cerca de 28,4 milhões de brasileiros não trabalham ou trabalham menos do que gostariam

Escrito por Folhapress ,
Legenda: 499 vagas de trabalho estão disponíveis no Ceará, através do Sine/IDT, nesta quinta-feira (25).
Foto: Foto: Agência Brasil

O número de brasileiros que não trabalham ou trabalham menos do que gostariam bateu novo recorde em abril, chegando a 28,4 milhões de pessoas, o equivalente a 24,9% das pessoas em idade para trabalhar. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (PNAD-C) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (31).

É o maior número da série histórica do IBGE , iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre encerrado em janeiro, houve crescimento de 3,9%, ou 1,06 milhão de pessoas.

O índice de subutilização é composto por pessoas que estão procurando emprego, trabalhadores subocupados (que trabalham menos do que 40 horas) e desalentados, aqueles que gostariam de trabalhar mas não procuraram emprego no período.

O contingente de pessoas desalentadas também bateu recorde no trimestre encerrado em abril, chegando a 4,9 milhões. Houve crescimento de 4,3%, ou 202 mil pessoas, em relação ao trimestre anterior.

No trimestre encerrado em abril, a taxa de desemprego no país foi de 12,5%, alta em relação aos 12% verificados no trimestre encerrado em janeiro. Ao todo, segundo o IBGE, 13,2 milhões de brasileiros procuraram emprego no período, 4,4% (ou 552 mil pessoas) acima do trimestre anterior. 

De acordo com o IBGE, a renda do trabalhador ficou em R$ 2.295, estável em relação ao trimestre encerrado em abril e também ao mesmo período do ano anterior.

Na última quinta-feira (30), o IBGE informou que a economia brasileira recuou 0,2% no primeiro trimestre do ano, confirmando que a economia está estagnada. Foi o primeiro recuo em dois anos. O elevado desemprego contribuiu para desacelerar o consumo das famílias, que vinha se recuperando nos últimos dois anos.

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