Setor de serviços no Ceará cai 13,6% em 2020, pior resultado desde 2012

Índice de atividades turísticas no Estado despencou 40,9% no ano passado

Escrito por Redação ,
Legenda: Volume de atividades turísticas em abril cresceu 46,9% em abril ante igual período do ano anterior
Foto: Natinho Rodrigues

Ano considerado desafiador para o turismo e para o setor de serviços em geral, 2020 foi de números amargos para a atividade no Ceará. De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada na manhã desta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor apresentou retração de 13,6% em 2020 na comparação com o ano de 2019, sob forte impacto das atividades turísticas, que retraíram 40,9% no ano.

A retração do volume de serviços prestados no Ceará é a maior desde 2012. Na comparação entre dezembro de 2020 e dezembro de 2019, o volume de serviços prestados no Ceará caiu 6,1%.

Os serviços prestados às famílias despencaram 30% no último mês do ano. No acumulado de 2020, a retração foi de 38,9%.

Atividades turísticas

A forte retração no volume de serviços prestados no ramo de atividades turísticas sofreu influência, sobretudo, dos setores de restaurantes, transporte aéreo, hotéis, transporte rodoviário coletivo de passageiros, catering, bufett e outros serviços de comida preparada e agências de viagens. O turismo foi um dos segmentos da economia mais afetados pelo avanço da pandemia do coronavírus.

Em dezembro de 2020, o índice de atividades turísticas no Ceará apresentou estabilidade, com variação de -0,1% na comparação com o mês de dezembro. A taxa vinha em uma sequência de quatro resultados positivos seguidos, acumulando ganho de 128,3%. "mesmo com esse crescimento acumulado no período, o segmento de turismo cearense ainda precisa avançar para retornar ao patamar de fevereiro", diz relatório da Unidade Estadual do IBGE no Ceará.

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Na comparação entre dezembro de 2020 e dezembro de 2019, o índice de volume de atividades turísticas no estado do Ceará apresentou retração de 30,6%, décima taxa negativa seguida.

Conforme o IBGE, todas as doze Unidades da Federação onde o indicador é investigado mostraram recuo nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (-37,4%), seguido por Rio de Janeiro (-29,1%), Minas Gerais (-30,4%), Rio Grande do Sul (-37,3%), Paraná (-24,6%) e Santa Catarina (-31,8%).

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