Sem renda, guias de turismo fazem campanha por ajuda

Com fechamento de hotéis e agências de viagens, 354 guias estão sem nenhuma renda em Fortaleza

Escrito por Redação ,
Estátua de Iracema na orla de fortaleza
Legenda: Com a pandemia pelo coronavírus, pontos turísticos de Fortaleza estão sem visitação
Foto: Embratur

Fechamento de hotéis e de restaurantes, paralisação de voos, instalação de barreiras sanitárias. A pandemia pelo coronavírus paralisou a economia e promoveu o distanciamento entre as pessoas, determinado por decreto do Governo do Estado. Mas se todos os setores estão sofrendo as consequências da crise, o do turismo é um dos mais afetados pois sobrevive da locomoção de pessoas.

​Dentro da cadeia do turismo uma atividade foi drasticamente afetada: os guias. Em Fortaleza, são 354 cadastrados que ficaram sem nenhuma renda com o fechamento das agências de viagens e do setor hoteleiro. "Desde a segunda quinzena de março estamos sem trabalho e sem dinheiro até para o essencial. Como o guia de turismo é um profissional autônomo, só tem renda se trabalhar", explica a guia Somara Bastos.​

​Para sobreviver, um grupo resolveu fazer uma campanha nas redes sociais para arrecadar recursos e alimentos. "O que a gente consegue transformamos em cestas básicas e distribuímos aos mais necessitados. O grupo até tentou receber o auxilio emergencial do Governo Federal, mas só 5% dos que se inscreveram, tiveram o pedido aceito", relata Somara.​

​"Os guias de turismo de Fortaleza sofrem com a total paralisação do setor e sem perspectiva de retomada a curto prazo. Ajude com qualquer valor. A sua contribuição será revertida para os profissionais nesse tempo de pandemia", diz uma das peças da campanha. ​

O grupo espera por algum tipo de ação do Estado e do Município de Fortaleza para garantir alguma renda até a retomada da atividade que, segundo eles, não deve ocorrer antes de setembro.

Retorno
​Por não ser atividade essencial o setor ainda não tem data para retomar as atividades conforme plano divulgado pelo governador Camilo Santana. Em 2019, o Ceará recebeu cerca de 450 mil turistas na alta estação de julho, com taxa média de ocupação hoteleira superior a 80%, de acordo com a Secretaria do Turismo.

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