Rumor sobre redução de salário dos servidores públicos estaduais 'é mentira', diz Camilo Santana

"Quero deixar claro o pagamento rigorosamente em dia dos servidores do Estado do Ceará", garantiu durante entrevista ao jornal Bom Dia Ceará, da TV Verdes Mares

Escrito por Redação ,

O governador do Ceará, Camilo Santana, afirmou na manhã desta terça-feira (14), que não vai reduzir o valor dos pagamentos do salário dos servidores públicos do Estado durante o período da crise causada pelo coronavírus. Camilo foi enfático e chamou os rumores sobre essa possibilidade de "fake news". "Isso é mentira! Quero deixar claro o pagamento rigorosamente em dia dos servidores do Estado do Ceará", garantiu durante entrevista ao jornal Bom Dia Ceará, da TV Verdes Mares.

Durante a entrevista, ao ser indagado sobre a queda da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por causa coronavírus, Camilo reconheceu o problema.  "Estamos numa perspectiva de queda significativa de arrecadação de ICMS, que é o principal imposto que o Estado arrecada. Terá impacto sim na economia do Estado, nas contas do governo do Estado", ressaltou.

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Para aliviar o impacto negativo na economia, Camilo explicou que o governo tenta reduzir despesas para garantir, os serviços essenciais para a população e o pagamento dos servidores públicos.  

"Nós criamos um grupo de trabalho com os outros poderes para fazer exatamente todas as medidas necessárias para reduzir despesas, onde podemos reduzir para garantir o funcionamento de serviços essenciais da população e garantir o pagamento em dia dos servidores públicos do Estado do Ceará". E completou: "Essa vai ser uma das nossas prioridades. De garantir o pagamento rigorosamente em dia do nosso servidor do Estado do Ceará". 

Decreto e isolamento social

Camilo ainda anunciou que deve avaliar ao longo desta semana se haverá ou não uma nova prorrogação do decreto de isolamento social em todo o Estado. Com a medida, em vigor desde o último dia 20 de março, o comércio e outros serviços não essenciais deverão permanecer fechados e a população deve se manter em regime de isolamento social até o próximo domingo (20).

A decisão, segundo o chefe do executivo estadual, levará em conta recomendações vindas da ciência. "O que tem pautado as minhas decisões em relação a qualquer tipo de medida tem sido as orientações do especialistas, dos médicos. É a ciência que precisa orientar os nosso passos dia a dia aqui no Ceará. É o que tem acontecido no mundo", disse.

Uma possível prorrogação, relaxamento ou mesmo o fim do decreto deve ser anunciado somente após uma série de reuniões com especialistas da saúde.   

"Ao longo da semana estarei conversando com os especialistas, liderado pelo (secretário da Saúde do Estado) Doutor Cabeto, com infectologistas, epidemiologistas pra gente saber quais decisões vamos tomar a partir de domingo", acrescentou o governador. 

Contas de luz e água pagas pelo Governo

Conforme havia anunciado no último dia 31 de março, Camilo Santana ainda informou que 64 mil contas de energia emitidas pela Enel já foram pagas pelo Governo do Estado a 534 mil famílias de baixa renda no Ceará. A medida vale por três meses e contempla famílias que consumiem até 100 quilowatts (kW) por mês.  

O governador também acrescentou que, desde 1º de abril, 340 mil famílias que consomem até 10 metros cubicos de água por mês no Estado, passaram a ter suas contas de água zeradas. O que deve se repetir nos próximos dois meses. 

Sobre o decreto

No dia 19 de março, o governador Camilo Santana assinou um decreto, definindo o fechamento de bares, igrejas, restaurantes, barracas de praia, shoppings, cinemas, lanchonetes e demais estabelecimentos comerciais não essenciais no Ceará a partir de 20 de março. O decreto permaneceria em vigor até 29 de março, mas foi prorrogado até o dia 5 de abril. Contudo, o documento teve o prazo estendido outra vez, por mais 15 dias, e o prazo final se encerra neste domingo, 20 de abril.

O decreto definiu restrições ao funcionamento de estabelecimentos comerciais, o isolamento social e a interrupção do transporte intermunicipal de metrô e VLTs. Divisas com outros estados foram fechadas e o ponto facultativo dos servidores estaduais foi prorrogado.

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