Publicitária amplia negócio dos pais com venda de doleiras no Carnaval

Maria Antonia Gomes e José Valdecy Ferreira tiveram a ideia de vender o item após amigos da filha serem furtados em blocos carnavalescos de Olinda

Escrito por Redação ,
Legenda: Em 2017, Jeanne levou 10 doleiras para o Mercado dos Pinhões, viu que dava certo e passou a confeccionar diversas.
Foto: Arquivo Pessoal

Período em que todos podem ser o que quiser, o Carnaval também tem o poder de reinventar negócios. O casal de artesãos Maria Antonia Gomes (59) e José Valdecy Ferreira (60) trabalha com artesanato, principalmente bolsas, há cerca de 30 anos. Mas foi apenas no Carnaval de 2016 que tiveram a ideia de confeccionar doleiras, produto que hoje representa a maior parte das vendas no início do ano. 

A inclusão do produto aconteceu depois de a filha do casal, a publicitária Jeanne Gomes (30), ver diversos amigos serem furtados nos blocos de Olinda em 2016. Ela lembra que os colegas perderam celular, documentos, dinheiro e cartões. “Eu estava com uma doleira feita por eles (pais) e não sofri nenhuma tentativa”, conta.

No ano seguinte, a publicitária levou 10 doleiras para o Mercado dos Pinhões, um dos polos carnavalescos de Fortaleza, e vendeu todas. “Deu certo e começamos a produzir várias”, relembra. 

Apesar de produzirem o ano inteiro, a venda e a produção das doleiras, batizadas de discretinhas, se intensifica com a proximidade dos Pré-Carnavais e do período momino propriamente dito. Este ano, já foram comercializadas cerca de 150 itens, segundo Jeanne.

Legenda: Maria Antonia Gomes e José Valdecy Ferreira são artesãos há cerca de 30 anos
Foto: Arquivo Pessoal

Opções diversas

Além de trazer segurança para os foliões, as discretinhas são produzidas em diversas cores, estampas e até com purpurina, característica que a torna mais atrativa. “Atualmente são 21 cores (sem estampa, com estampa e com purpurina). O modelo da nossa doleira tem o diferencial de ter dois bolsos internos pra separar cartões, chaves e dinheiro. Dentro tem um forro de tecido sintético que ajuda a não passar suor pro celular”, detalha a filha do casal.  

“Por serem bem bonitas, o pessoal confunde pensando que é pochete, afinal tão acostumados a ver doleiras como algo bem feio, sem qualidade, pra se colocar só dentro da roupa mesmo”, acrescenta Jeanne.
 

O valor da discretinha varia de R$ 22 a R$ 25, este último para os modelos com purpurina.

Legenda: As doleiras e demais produtos do casal são vendidos também em feiras universitárias
Foto: Arquivo Pessoal

Alcance

A discretinha já chegou a outros estados e até outros países. Os artesãos enviaram encomendas para São Paulo e Curitiba ainda este ano e a própria Jeanne viajou para Recife para vender. “Já enviei para as meninas do podcast Chá com Rapadura, na Inglaterra. Elas também me ajudaram a entregar ao Max Petterson, youtuber que mora em Paris”, revela a publicitária, sobre a estratégia que usou para popularizar o iten fabricado pelos pais. 

Além dos blocos, as doleiras são vendidas em feiras universitárias junto com os outros produtos confeccionados pelos empreendedores, como necessaire, estojo, bolsa para Kindle, além de tecidos pintados e bordados, crochê, caixas de presente, lembrancinhas, entre outros.  

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