Presidente do INSS afirma que ressarcimento das vítimas será feito 'via benefício'
Gilberto Waller Júnior não deu data para a restituição das vítimas, mas garantiu novidades até a próxima semana

O novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, garantiu que o ressarcimento para aposentados e pensionistas vítimas da fraude do instituto deve acontecer até próxima semana. Em entrevista à CBN, nessa segunda-feira (5), ele ainda citou que o estorno será feito "via benefício".
"Será feito via benefício, via conta do benefício. Nada de Pix, nada de depósito em conta e nada de sacar em banco. Da mesma conta que ele recebe, o seu benefício previdenciário vai ser depositado", ressaltou.
Durante a entrevista, Waller também fez um alerta para possíveis golpistas que se utilizam de informações pessoais das vítimas para conseguirem mais dinheiro. "Por isso eu peço: não caia em outros golpes, não assine nada, não abra link, não acredite em ninguém que esteja vendendo facilidade", completou.
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Ressarcimento ainda não começou
Sobre o prazo para o ressarcimento total das vítimas, Waller citou, em entrevista à GloboNews, que está trabalhando sob um pedido de rapidez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar da agilidade, o presidente esclareceu que o pagamento ainda não começou.
O gestor ainda garantiu que o INSS vai adotar medidas para ampliar a segurança dos beneficiários, como reconhecimento facial e geolocalização, e que todo o pagamento saia das próprias instituições que aplicaram as fraudes.
"Prioritariamente vamos buscar de quem se enriqueceu. Depois, se o dinheiro não for suficiente para poder arcar com essa questão, daí vamos buscar outras fontes para poder cobrir essa situação encontrada agora, infelizmente, dentro do INSS", finalizou.
Relembre o esquema de fraudes no INSS
O esquema de descontos de mensalidades associativas aplicados sobre beneficiários do INSS foi desmontado pela Polícia Federal (PF) no fim de abril. Conforme a investigação, as entidades cobraram valor estimado de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas, no período entre 2019 e 2024.
Ainda conforme a Polícia Federal, os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.
Após o escândalo ser revelado, Alessandro Antônio Stefanutto, antigo presidente do INSS, foi demitido do cargo, além de ter sido um dos alvos da PF na operação. Na última sexta-feira (2), o Ministro da Previdência, Carlos Lupi, pediu demissão do posto sob suspeitas de omissão.
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