Nova rodada de concessões aeroportuárias será anunciada segunda-feira

A expectativa do governo é de que até setembro de 2020, 22 aeroportos sejam concedidos para a iniciativa privada

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Legenda: Governo leiloou ontem 12 aeroportos brasileiros, na sede da B3 (Bovespa), em São Paulo.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Ao lado dos vencedores dos 12 aeroportos leiloados na sexta-feira (15), o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, anunciou que a 6.ª Rodada de Concessões Aeroportuárias será lançada na segunda-feira (18). Segundo ele, a expectativa é que até setembro de 2020, 22 aeroportos sejam concedidos para a iniciativa privada. Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) ficariam para a última rodada, em 2022.

Antes disso, no entanto, a expectativa é vender as participações da Infraero nos aeroportos já concedidos para a iniciativa privada. Os estudos começarão em breve e devem ser finalizados ainda este ano.

O anúncio aguçou o apetite dos investidores, animados com o resultado do leilão de ontem. O diretor da Aena Internacional, Juan Jose Alvarez, afirmou que "sem dúvida" vai estudar os novos blocos de aeroportos que serão concedidos pelo governo.

Além do R$ 1,9 bilhão a ser pago na assinatura do contrato, a empresa espanhola deverá desembolsar R$ 788 milhões ao longo dos primeiros cinco anos de contrato em obras de melhorias nos aeroportos estabelecidas no contrato.

Segundo Alvarez, a expansão da Aena na América Latina já estava aprovada em seu plano estratégico. "Por enquanto estamos no México, Colômbia e Jamaica; agora, onde vemos oportunidades é no Brasil. Foi onde concentramos nosso trabalho", disse o executivo. 

A espanhola é a maior gestora de aeroportos do mundo em número de passageiros, operando 46 aeroportos e dois heliportos na Espanha, além de deter 51% de participação no aeroporto de Luton em Londres. 

A Zurich, que venceu o bloco Sudeste, também demonstrou interesse pelos próximos leilões, mas a empresa tem planos ainda mais ambiciosos. Ao lado da gestora IG4, avalia a compra de Viracopos, que está em recuperação judicial. A suíça já administra, com a CCR, o aeroporto de Confins (MG) e o de Florianópolis, que venceu em 2017.

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