Leilão de energia contrata quatro projetos com 120 MW para o Ceará; investimentos de R$ 566 milhões

Projetos são de energia solar fotovoltaica. Inicialmente, Estado tinha 156 projetos para este leilão

Escrito por Com Estadão Conteúdo ,
Legenda: Quatro projetos foram contratados para o Ceará
Foto: Foto: Reuters

O leilão de energia nova A-6, realizado nesta sexta-feira (18) em São Paulo, contratou quatro projetos de energia solar fotovoltaica para o Ceará. Os empreendimentos terão 30 MW cada um, totalizando 120 MW, e investimentos de mais de R$ 566 milhões. 

Inicialmente, o Estado tinha 156 projetos para este leilão, sendo 85 de geração solar fotovoltaica, 69 de geração eólica e 2 térmicas a gás. Ao todo, os empreendimentos autorizados para o Ceará tinham uma potência de 7,467 gigawatts (GW), sendo 3,196 GW de solar (42,8%), 2,180 GW de térmica (29,1%) e 2,091 GW de energia eólica (28,1%).  

O leilão, operacionalizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), foi encerrado, após cerca de quatro horas e meia de negociações. 

O certame viabilizou a contratação de 2,97 mil MW de novos empreendimentos em todo o País, que irão demandar R$ 11,162 bilhões de investimentos. O preço médio do certame foi de R$ 176,09/MWh, um deságio médio de 33,73%. 

O volume de energia comprado pelas distribuidoras foi de 250,14 milhões de MWh (ou 1,155 mil MW médios), o que irá movimentar em R$ 44,048 bilhões em contratos.

A fonte com o maior volume de energia contratado foi a termelétrica, com nove projetos, totalizando R$ 2,82 bilhões em investimentos. 

Foram contratadas três usinas a gás natural e seis térmicas a biomassa do bagaço da cana-de-açúcar. Entre as distribuidoras, as maiores compradoras de energia foram as concessionárias Light (97,2 milhões de MWh), Cemig (38,05 milhões de MWh) e Coelba (29,38 milhões de MWh).

O certame viabilizou a contratação de 44 usinas eólicas, somando 118,1 MW médios de energia comercializada no leilão, com preço variando entre R$ 96,97/MWh e R$ 99,75/Mwh. Por sua vez, foram contratadas 11 usinas solares, totalizando 59,5 MW médios, ao preço que variou entre R$ 84/MWh e R$ 84,5/MWh. 

Também foram viabilizados 27 projetos hidrelétricos, somando 172 MW médios, com preço variando entre R$ 157,08 (hidrelétricas São Roque e Tibagi Montante, que já tinham outorgas) e R$ 234,63/MWh (PCH Santa Luzia).

Eólicas e solares
A diretora da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Elisa Bastos, afirmou que os projetos eólicos e solares contratados comercializaram apenas 35% de suas ofertas no certame. Isso sinaliza que os empreendedores deverão vender o restante do volume de energia no mercado livre para grandes consumidores.

"As hidrelétricas do leilão venderam 65% da energia no mercado cativo e as térmicas, 93%. Por sua vez, as usinas eólicas e fotovoltaicas venderam 35% e o restante está ao seu livre dispor", disse a diretora da agência, em coletiva de imprensa realizado ao final da licitação.

Os contratos firmados nesta sexta terão vigência a partir de 2025.

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