IPCA para 2019 sobe de 3,52% para 3,84%, aponta Focus

A projeção para o índice em 2020 permaneceu em 3,60%

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Legenda: Relatório divulgado nesta quarta (22) pelo Ministério da Economia estima que o déficit nas contas da União deverá encerrar o ano em R$ 787 bilhões.

Na esteira dos dados mais recentes de inflação, os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2019. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (9), pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 3,52% para 3,84%. Há um mês, estava em 3,31%. A projeção para o índice em 2020 permaneceu em 3,60%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3 50%, respectivamente.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2 25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

Na última sexta-feira (6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,51% em novembro. No ano, a taxa acumulada é de 3,12% e, em 12 meses até novembro, de 3,27%.

Em outubro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC havia atualizado suas projeções para a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA em 2019 está em 3,4%. No caso de 2020, está em 3,6% e, para 2021, em 3,5%.

No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 foi de 3 72% para 3,95%. Para 2020, a estimativa do Top 5 foi de 3,55% para 3,50%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,36% e 3,55%, nesta ordem.

No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 foi de 3,70% para 3 75%, ante 3,70% de um mês atrás. A projeção para 2022 no Top 5 passou de 3,50% para 3,63%, ante 3,50% de quatro semanas antes.

Últimos 5 dias úteis

A projeção mediana para o IPCA de 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis foi de 3,61% para 3,86%. Houve 95 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,35%.

No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,60% para 3,61%. Há um mês, estava 3,60%. A atualização no Focus foi feita por 94 instituições.

Outros meses

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em dezembro de 2019, de alta de 0,48% para 0,70%. Um mês antes, o porcentual projetado indicava inflação de 0,35%.

Para janeiro, a projeção no Focus foi de alta de 0,39% para 0 40% e, para fevereiro, seguiu em alta de 0,42%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,39% e 0,41%, respectivamente.

No Focus divulgado nesta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,67% para 3,90% de uma semana para outra - há um mês, estava em 3,61%.

Preços administrados

O Relatório de Mercado Focus indicou, ainda, alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 5,07% para 5,10%. Para 2020, a mediana seguiu em alta de 4,00%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,70% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,10% em 2020.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 5,2% em 2019 e 4,0% em 2020.

IGP-M

O relatório do BC mostrou, também, que a mediana das projeções do IGP-M de 2019 passou de 5,52% para 5,79%. Há um mês, estava em 5,50%. No caso de 2020, o IGP-M projetado foi de alta de 4 07% para 4,14%, ante 4,07% de quatro semanas antes.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

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