INSS ainda precisa preencher mais de 80% das vagas temporárias no Ceará

São previstas 260 vagas para reduzir a fila por atendimento no Estado; apenas 50 contratações estão em andamento

Escrito por Redação ,
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Legenda: Temporários em processo de contratação devem iniciar atendimento na primeira quinzena de julho, quando as agências do INSS devem reabrir
Foto: Natinho Rodrigues

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ainda precisa preencher cerca de 80% das vagas temporárias abertas no Estado para a força-tarefa que visa zerar a fila de espera por atendimento. Ao todo, 260 vagas estão previstas pela direção central do órgão para o Ceará.

Segundo a assessoria de impresa estadual do INSS, 50 contratações estão em andamento. Estes, que ainda esperam o fim dos prazos estabelecidos para a efetiva contratação, devem ficar em treinamento à distância até 10 de julho, semana antecedente à volta dos atendimentos presenciais nas agências.

As incrições encerraram no último dia 10 de maio e tinha como foco servidores aposentados do INSS, aposentados de outros órgãos do Governo e militares da reserva. Segundo o edital, os contratos valem até 31 de dezembro de 2021.

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Em março, o número de cearenses esperando por atendimento na Gerência Fortaleza do INSS era de 51,4 mil, número já 46,9% menor que o registrado em janeiro (97 mil).

A expectativa do Governo Federal é que até outubro o tempo médio de análise de um pedido no órgão seja de 20 a 25 dias. No último dia 8 de junho, 587 temporários que já haviam concluído o processo de contratação iniciaram os atendimentos. Nenhum no Ceará.

Em todo o Brasil, são previstas 8.230 vagas para atendimento ao público nas agências do INSS e no apoio operacional.

Paulo Bacelar, coordenador estadual do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), aponta que já houve uma aceleração no retorno dos novos pedidos, mas alertou que a pressa por resolver as demandas pode estar comprometendo a qualidade das avaliações. "Os processos estão rapidamente sendo analisados e primam mais pela rapidez e não pela qualidade. Isso pode elevar o número de processos em revisão e de processos judiciais. Contratações ainda não vi", aponta.

Segundo ele, a pressa para resolver as demanda decorre das metas que os servidores precisam alcançar e das gratificações que estão sendo dadas por aumento da produtividades, também com o objetivo de zerar as filas. Bacelar detalha que alguns pedidos, por exemplo, em que faltam apenas um documento estão sendo indeferidos em vez de conceder o prazo para a entrega do mesmo, que seria de 30 dias. "Muitos servidores já dão como indeferido, porque aí ele despacha a demanda", revela.

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