A batizada ‘hospedagem flexível’ consiste na contratação de um imóvel residencial por dias, semanas ou meses. Algo que já era praticado no mercado imobiliário com aluguel de flats, na Avenida Beira-Mar, por exemplo, mas que agora se redesenha com a redução de custos e mais flexibilidades em plataformas digitais.
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No Brasil, empresas estrangeiras despontaram com essa proposta, como a Booking e a Airbnb, entre 2009 e 2012, respectivamente.
Apesar de haver uma divergência com o setor hoteleiro para a regulamentação deste modelo de negócio, o setor tem feito sucesso por aqui, sobretudo, no Nordeste e no Ceará.
De olho nesse mercado, a startup de locação flexível Nomah, de São Paulo, expandiu a atuação Fortaleza.
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Localizado no residencial J. Simões Vicente Leite, no bairro Aldeota, o empreendimento é conhecido como “Nomah Aldeota” e tem apartamentos de 37m² a 42m². As unidades são mobiliadas e ficaram prontas para o cliente se hospedar ou morar no último dia 10 de fevereiro.
Segundo o Ceo da Nomah, Thomaz Guz, o serviço não tem preço fixo e varia de acordo com a oferta e demanda.
“Nós temos um algoritmo próprio de precificação, que vai flutuando o preço a todo instante. Vamos aprendendo com essas mudanças, garantindo melhores preços para os clientes e, também, os resultados para o proprietário final”, explica.
Além de um público corporativo, o modelo de negócio aposta no turismo doméstico e internacional.
Quais as vantagens e desvantagens
O conselheiro Regional de Economia (Corecon) e mestre em Gestão e Negócios Turísticos, Álvaro Carvalho, aponta que esse segmento vai ao encontro da economia compartilhada, que crescia antes da pandemia e deve retomar com mais fôlego num cenário pós-pandemia.
Para ele, o carro-chefe desse modelo é a relação de custo-beneficio, com o chamado preço dinâmico para um serviço de qualidade e conforme a necessidade de cada consumidor.
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Além disso, a facilidade de contratação direta com o proprietário e a possibilidade observar as avaliações e experiencias de pessoas que utilizaram determinado espaço.
“Antigamente, havia diversos atravessadores. Atualmente, o cliente pode pagar direto para o dono”, frisa. “Olha-se o serviço, a qualidade. Não é 100% sobre algo, mas há a alternativa”, completa.
Por outro lado, acrescenta, além das vantagens para o consumidor, facilita o retorno de investimentos em imóveis. Esses serviços de hospedagem domiciliar não têm preço fixo, dependendo de variáveis como localização, período e demanda.
Procurado, o Booking informou que não abre números relacionados a reservas e valores. A empresa possui 30 tipos de propriedades disponíveis na plataforma, incluindo apartamentos e casas de temporada.
O Diário do Nordeste procurou o Airbnb para repercutir o tema, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Dentre as desvantagens deste modelo, estão o risco de o espaço não corresponder com a imagem publicada na plataforma e os horários de check-in e check-out conforme o do anfitrião.
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