Energia: bandeiras tarifárias irão ficar até 64% mais caras em julho

Atualmente, está em vigor a bandeira verde, que não prevê cobranças a mais

Escrito por Redação ,
Legenda: Com a atualização, a bandeira vermelha patamar 1 sofrerá o maior aumento, de 63,7%, e passará de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh consumidos.
Foto: Natinho Rodrigues

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou  reajuste nos valores das bandeiras tarifárias em até 63,7% a partir de 1º de julho.

As bandeiras são valores extras cobrados quando o custo de produção da energia sobe no País. Atualmente, está em vigor a bandeira verde, que não prevê cobranças a mais.

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Com a atualização, a bandeira vermelha patamar 1 sofrerá o maior aumento, de 63,7%, e passará de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh consumidos.

A bandeira amarela também vai registrar forte correção de 59,5%, saindo de R$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100 kWh consumidos.

Confira as mudanças em todas as bandeiras:

  • Bandeira verde: segue sem valores adicionais
  • Bandeira amarela: de R$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100 kWh consumidos (59,5%)
  • Bandeira vermelhar 1: de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh consumidos (63,7%)
  • Bandeira vermelha 2: de R$ 9,492 para R$ 9,795 a cada 100 kWh consumidos (3,2%)

Segundo a Aneel, a atualização se faz necessária devido "aos dados do mercado de compra de energia durante o período de escassez hídrica em 2021, ao custo do despacho térmico em razão da alta do custo dos combustíveis e a correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou 2021 com aumento de 10,06%".

A proposta inicial da Aneel, apresentada em abril, previa aumentos de até 57% nos valores das bandeiras. Em 2021, a bandeira vermelha 2 já havia sido corrigida em 52%.

Entre setembro do ano passado e abril deste ano, ainda vigorou a bandeira de escassez hídrica, era 50% mais cara que a bandeira vermelha 2, cobrando R$ 14,20 a mais por cada 100 kWh consumidos.

O que são as bandeiras tarifárias

As bandeiras tarifárias foram introduzidas em 2015 como uma forma de repassar para o consumidor de forma imediata os custos da geração de energia, tanto como uma forma de desincentivar o consumo como para evitar reajustes anuais exorbitantes.

A bandeira verde é acionada quando as condições de geração de energia, e os custos, estão favoráveis. A amarela, quando estão menos favoráveis. A vermelha 1, com condições desfavoráveis. E a vermelha 2, em condições muito desfavoráveis.

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