Endividamento fica estável em Fortaleza; mais de 74% dos consumidores têm dívidas

De acordo com pesquisa da Fecomércio-CE, 74,7% dos consumidores possuem algum tipo de dívida

Escrito por Redação ,
Legenda: A maioria dos consumidores de Fortaleza que compraram a prazo adquiriram itens de alimentação (53,4%)
Foto: Daniel Aragão

A parcela de fortalezenses endividados observada em maio deste ano se repetiu em junho, atingindo mais uma vez 74,7% dos consumidores. O dado está presente na Pesquisa de Endividamento do Consumidor de Fortaleza, divulgada na manhã desta segunda-feira (29) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE). A inadimplência - que é o caso daqueles não conseguiram pagar uma dívida em um prazo de 90 dias -, porém, apresentou redução ao passar de 14,6% no mês passado para 13,9% em junho.

A inadimplência é maior entre os consumidores com renda familiar menor que cinco salários mínimos, predomínio do sexo masculino, com faixa etária entre 25 a 34 anos e nível de educação fundamental. O principal motivo das dívidas em atraso é a inexistência de controle de rendimentos/gastos.

Quanto ao endividamento, os homens apresentam os índices mais elevados (77,5%) e a faixa etária de 25 a 34 anos é a mais endividada (83,6%), com escolaridade de nível fundamental (78,7%) e com nível de renda menor que cinco salários mínimos (77,3%).

O comprometimento da renda familiar é o maior dos últimos 12 meses. De acordo com o levantamento da Fecomércio-CE, chegou a 41,9% - alta de 1,7 ponto percentual na comparação com o resultado de maio deste ano.

A maioria dos consumidores de Fortaleza que compraram a prazo adquiriram itens de alimentação (53,4%). Outros 32,3% custearam a prazo despesas com educação, item seguido pelos tratamentos de saúde (25,6%). Os produtos de vestuário aparecem na quarta posição, com 23%. O cartão de crédito foi a principal ferramenta utilizada nessas compras (80,3%).

Tamanho da dívida

De acordo com o levantamento da Fecomércio-CE, 19,5% dos entrevistados afirmaram possuir dívidas de R$ 1.501 a R$ 2.000. Outros 18,8% possuem dívidas de mais de R$ 5.000.

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