Dólar sobe mais de 1% e volta a R$2,65, em dia de baixo volume e temor com racionamento

O incidente acontece num momento de baixo nível dos reservatórios de hidrelétricas e de crescente temor de racionamento de energia no País

Escrito por Reuters ,
O dólar fechou em alta de mais de 1% ante o real nesta segunda-feira, reagindo a operações pontuais cujo impacto foi turbinado pelo baixo volume de negócios devido ao feriado que manteve fechados os mercados nos Estados Unidos. Na reta final do pregão, a alta foi acentuada ainda mais com temores de racionamento de energia elétrica no Brasil após cortes no fornecimento determinados pelo governo e que podem afetar ainda mais a atividade econômica.
 
A moeda norte-americana subiu 1,33%, a R$ 2,6560 na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 600 milhões de dólares, contra a média diária de dezembro de cerca de 1 bilhão de dólares.
 
"Se realmente houver racionamento, é mais um obstáculo para a economia neste ano", explicou o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho. Diversas distribuidoras de energia elétrica - incluindo localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas gerais - receberam ordem do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para corte seletivo da carga de eletricidade nesta segunda-feira.
 
O incidente acontece num momento de baixo nível dos reservatórios de hidrelétricas e de crescente temor de racionamento de energia no País, diante do baixo nível de chuvas e elevadas temperaturas nas regiões em que ficam importantes usinas geradoras de eletricidade.
 
A moeda norte-americana havia caminhado de lado durante a maior parte do pregão, perto do patamar de R$ 2,60, refletindo o menor volume de operações diante do feriado norte-americano em homenagem a Martin Luther King.
 
A baixa liquidez, contudo, deixou o mercado mais sensível a operações pontuais, que levaram a divisa a ampliar fortemente os ganhos durante a tarde. "Hoje é um dia de mercado vazio e houve algumas compras pontuais. O resultado é que o dólar dá uma estilingada", afirmou o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.
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