Dólar cai mais de 2% e vai a R$ 5,22, menor valor desde julho

Ibovespa fechou em alta de 2,3%, no maior patamar desde fevereiro

Escrito por Redação , Dólarnegocios@svm.com.br
Legenda: O dólar fechou a R$ 5,2278 no menor nível desde 31 de julho (R$ 5,21)
Foto: Fabiane de Paula

O otimismo de novembro se alastrou pelo primeiro pregão de dezembro. Ontem (1º), o dólar caiu 2,24%, a R$ 5,2280, menor valor desde 31 de julho. O dólar turismo está a R$ 5,38. O Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, fechou em alta de 2,3%, a 111.399,91 pontos, maior patamar desde 21 de fevereiro.

O pregão foi de amplo apetite por risco global amparado por expectativa de mais estímulos nos Estados Unidos e de uma retomada econômica mais rápida. O índice do dólar ante as principais moedas globais despencou a uma mínima em mais de dois anos e meio, enquanto as ações em Wall Street bateram recordes.

Emergentes

Entre agentes do mercado, há uma grande expectativa de que a administração de Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, e sua equipe econômica aumentem ainda mais a injeção de liquidez no país, o que poderia beneficiar mercados emergentes, como o Brasil.

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) calcula que o quarto trimestre de 2020 será o de maior influxo a mercados emergentes desde os primeiros três meses de 2013.

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Até 27 de novembro, estrangeiros entraram com mais de US$ 32 bilhões na Bolsa brasileira e, segundo analistas, é este movimento que impulsiona a alta do Ibovespa nas últimas semanas. Além do ambiente externo já propício ao risco, no meio da tarde o dólar aprofundou a queda ante o real após notícia de que o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, vai incluir a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021 na pauta da sessão conjunta no dia 16 de dezembro, o que sinaliza algum direcionamento para o Orçamento de 2021.

Os juros futuros desabaram cerca de 20 pontos-base com a notícia, em um sinal de redução de risco fiscal. A deterioração das contas públicas, segundo analistas, ainda é o principal motivo para a disparada de 30,28% do dólar ante o real em 2020.

O dólar começou dezembro com forte queda ante o real, impulsionado por cenário de entrada de fluxo externo, busca por ativos de risco no mercado financeiro internacional e notícias positivas internas.

 

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