Desocupação avança no 3º trimestre de 2020 no Ceará e atinge 14,1%

Na comparação com o segundo trimestre de 2020, considerando empregados no setor privado, no trabalho doméstico e no setor público, 67 mil trabalhadores perderam o emprego

Escrito por Estadão Conteúdo/Redação ,
Carteira de Trabalho
Legenda: Em todo o país, a população desocupada atingiu 14,092 milhões de pessoas no 3º trimestre de 2020
Foto: Agência Brasil

A taxa de desocupação do Ceará no 3º trimestre de 2020 foi de 14,1%, o que representa aumento de 2 pontos percentuais (p.p) em relação ao 2º trimestre de 2020 (12,1%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2019 (11,3%), houve aumento de 2,8 p.p. Em todo o país, a população desocupada atingiu 14,092 milhões no período.

As informações fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística( IBGE).

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No 3º trimestre de 2020, a taxa composta de subutilização da força de trabalho - ou seja, pessoas desocupadas ou subocupadas por insuficiência de horas trabalhadase - foi de 38,7% no Ceará. Já a taxa a de informalidade ficou em 52,2% da população ocupada, a quinta maior do País. 

Empregados Formais
A pesquisa mostra, ainda, que percentual de empregados com carteira de trabalho assinada que correspondia a 59,2% do total de empregados no setor privado do Ceará - 757 mil pessoas - sofreu uma redução de 5,6%  no comparativo ao trimestre anterior e de 19,4% no comparativo com o mesmo trimestre de 2019.

Já entre os trabalhadores domésticos, 28 mil pessoas tinham carteira assinada, o que representa 15,2%. Também teve redução nesse indicador, tanto no compartivo ao trimestre anterior, de -12%, quanto ao mesmo trimestre do ano passado, de -21,5%.

Na comparação com o segundo trimestre de 2020, no número de empregados no setor privado, no trabalho doméstico e no setor público, perderam em números absolutos 67 mil trabalhadores. Na comparação o mesmo período de 2019, a PNAD Contínua aponta queda de 18,6%, o que corresponde a 439 mil menos empregados.

Com relação à remuneração, houve redução de -8,1%, na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2020, em todos os trabalhos das pessoas ocupadas. O rendimento que era de R$ 1.807, em média, no segundo trimestre, decresceu R$ 146, chegando a R$ 1.661

Cenário Nacional
No país,a taxa de desocupação no  ficou em 14,6% no terceiro trimestre, quando a população desocupada atingiu 14,092 milhões no período.

O resultado ficou levemente abaixo da mediana das expectativas dos analistas consultados na pesquisa do Projeções Broadcast, de 14,8%, e dentro do intervalo de previsões, que ia de 14,3% e 16,1%.

No terceiro trimestre de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,8%. No trimestre móvel até agosto de 2020, a taxa de desocupação estava em 14,4%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.554 no terceiro trimestre. O resultado representa alta de 8,3% em relação a igual trimestre do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 205,3 bilhões no terceiro trimestre, queda de 4,9% ante igual período do ano anterior.

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