De volta, Romildo reforça metas de melhorar indicadores do BNB

Banco seguirá agilizando processos para dar apoio na crise, diz presidente

Escrito por Samuel Quintela , samuel.quintela@svm.com.br
Legenda: Rolim passou menos de um mês fora da presidência do Banco, que reassumiu ontem
Foto: Foto: Divulgação

Sem nunca ter saído do Banco do Nordeste, Romildo Rolim, que é funcionário de carreira, foi reconduzido ao cargo de presidente da instituição ontem. Menos de um mês fora do cargo, ele destacou que o BNB deverá manter a prioridades em melhorar os indicadores de fornecimento de crédito e atendimento. O foco da gestão, já adotado anteriormente, é reforçar a importância do BNB na sociedade.

"Temos que olhar a missão do Banco e ver o que precisamos fazer para ampliar os programas de microcrédito, como fizemos em 2018 e 2019, e melhorar os processos em todas as pontas, como o FNE e os outros programas, para que a sociedade possa ver o papel importante que temos. E queremos estar próximos do setor produtivo para impulsionar a economia e gerar empregos", disse Romildo.

Contudo, os impactos causados pela crise do coronavírus trouxeram novos desafios ao BNB, que teve uma redução do orçamento disponibilizados para o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), previsto no começo de 2020 em R$ 29, bilhões.

Ao Sistema Verdes Mares, Romildo afirmou que o orçamento do Fundo está fixado, agora, em R$ 25,3 bilhões. A previsão é que até o fim do ano, todo os recursos sejam disponibilizados pelo BNB. A expectativa é financiar cerca de metade desse valor (R$ 13 bilhões) no 1º semestre.

Já para os programas de microcrédito, o orçamento do BNB permanece inalterado, em R$ 13 bilhões.

Pandemia

Romildo também ressaltou os esforços do Banco em garantir crédito com acesso ágil durante a crise. Uma das críticas de empresários é justamente a dificuldade em acessar linhas de crédito anunciadas pelo Governo Federal. Mas o presidente do BNB reforçou o compromisso em disponibilizar recursos para o capital de giro.

"Desde o início de março, estamos focados em negociar com os clientes tanto na repactuação de dívidas como iniciativas para manter as empresas vivas e manter os recursos. E já anunciamos a contratação de R$ 10 bilhões para capital de giro só neste ano".

Retorno

Sobre as escolhas do Governo Federal relacionadas às mudanças na presidência do BNB, como a saída dele e a escolha de Alexandre Cabral - exonerado um dia após a posse -, Romildo foi sucinto, agradecendo a confiança pela escolha para recondução. "Toma-se uma decisão e nós aceitamos, e nós agradecemos a confiança e pelo retorno", disse.

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