Data Center no Eusébio dobra faturamento em dois anos

Investimentos no setor de tecnologia no Ceará nos últimos anos fortaleceram consolidação da Tivit, empresa brasileira que destinou R$ 4,5 milhões, em 2015, para a unidade na Região Metropolitana de Fortaleza

Escrito por Bruno Cabral* | São Paulo , bruno.cabral@diariodonordeste.com.br
Legenda: A lista de estados no Nordeste ainda conta com Maranhão (61), Piauí (51), Rio Grande do Norte (64), Paraíba (66), Pernambuco (65) , Sergipe (69), e Bahia (68)
Foto: Foto: Arquivo

Impulsionado por grandes investimentos e pela crescente demanda de empresas por soluções digitais, o setor de tecnologia da informação no Ceará vem avançando de forma destacada nos últimos anos. A concentração de cabos submarinos, que ligam o Brasil aos Estados Unidos, Europa e África também contribuem para que mais empresas do setor se instalem no Estado.

Em 2015, a Tivit, multinacional brasileira líder em soluções digitais, investiu R$ 4,5 milhões em um data center no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), e, apenas nos últimos dois anos, a unidade viu seu faturamento dobrar, sendo a principal unidade da empresa na região Nordeste.

Fortalecimento

Segundo André Guimarães, diretor executivo e head de cloud da Tivit, a aquisição do data center do Eusébio, que até 2014 pertencia a uma empresa chilena, fortaleceu a participação da Tivit no Nordeste acelerando a captação de novos clientes. 

“A gente dobrou o nosso faturamento no Ceará e essa unidade já se tornou bastante representativa para a empresa. Fora do Rio de Janeiro e São Paulo, o Nordeste é a nossa maior região, e o Ceará é a maior operação no Nordeste”, disse Guimarães, sem revelar os números. Hoje, a Tivit opera em 10 países da América Latina.

Além da demanda das empresas locais por serviços integrados na área de tecnologia da informação, Guimarães destaca que a presença de cabos submarinos em Fortaleza vem atraindo uma série de outras empresas do setor. “Dois parceiros nossos estão em Fortaleza por conta dos cabos, que permitem uma oferta local (de dados) bastante interessante para os nossos clientes. E isso faz com que a gente consiga oferecer esse data center no Estado”, diz Guimarães.

Foco

A presença da companhia no Estado se justifica também pelo perfil das empresas locais. “A gente sempre focou muito nas 500 maiores empresas do Brasil e para o objetivo de expansão regional, a gente conseguiu alcançar empresas que vinham crescendo muito e que logo passaram a ter faturamento de mais de R$ 1 bilhão”, diz o diretor executivo. 

O foco, segundo Guimarães, são as empresas que apresentam orçamentos relevantes em tecnologia da informação.

Ele diz ainda que, embora possa fornecer serviços como armazenamento na nuvem para clientes que estão fora de sua área de atuação, a presença física no Estado foi determinante para a captação de novos clientes. 

“Eu tenho visto aumentar a quantidade de clientes na região Nordeste, com clientes interessados em soluções mais inovadoras. Agora, a nossa expectativa é de crescer conquistando mais clientes, já que os investimentos realizados permitem essa expansão. Mas sem a nossa presença local, seria muito difícil chegar a esses clientes”, acrescenta.

*O repórter viajou a convite da Febraban.

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