Consumidor paga mais para financiar o carro

Escrito por Agência Estado ,

O aperto no crédito provocado pelas turbulências nos Estados Unidos já começa a bater no bolso do brasileiro que pretende assumir financiamentos de longo prazo. Financeiras e bancos subiram, nos últimos dias, de um a dois pontos porcentuais ao ano a taxa para venda de veículos a prazo. O movimento ainda é discreto e equivale a alguns reais a mais no valor da prestação, elevação insuficiente para desacelerar as vendas financiadas, já que os prazos longos de pagamento não foram alterados

O motivo da subida das taxas ao consumidor dos financiamentos de longo prazo é a elevação das taxas de juros no mercado futuro, que balizam o custo de captação dos empréstimos de longa duração. Na última sexta-feira, por exemplo, o contrato de juros no mercado futuro negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) com vencimento previsto para janeiro de 2009 apontava para uma taxa de 11,92% ao ano. Ontem, esse mesmo contrato indicava uma taxa de juros de 11,97% ao ano. A alta é de 0,05 ponto porcentual

"Os juros já subiram?, afirma o presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Érico Ferreira. Ele destaca que a alta vem ocorrendo desde o fim do ano passado, antes mesmo de a crise americana ter voltado à tona. Além das turbulências recentes, perspectivas de que a inflação volte a se acelerar e o Banco Central mantenha a taxa básica de juros por um período mais longo fizeram acender o sinal de alerta para as instituições financeiras. Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve, pela terceira reunião consecutiva, a Selic em 11,25% ao ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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