Com crédito pior, 35% das indústrias não consegue financiamento

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), 53% das empresas renovaram os empréstimos em piores condições

Escrito por Redação Diário do Nordeste ,

A crise política e econômica dificultou ainda mais o acesso das indústrias às linhas de financiamento para capital de giro. Conforme a Sondagem Especial - Financiamento para Capital de Giro, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 53% das empresas renovaram os empréstimos em piores condições. Além disso, 35% não conseguiram o crédito e 40% obtiveram apenas parte do valor pedido.

A CNI avalia que a situação preocupa, uma vez que o capital de giro é essencial para a manutenção da operação regular das empresas. "As más condições de financiamento, tanto em termos de acesso como de custo e prazo, são empecilho ao desenvolvimento dos negócios e à expansão das empresas", analisa a Confederação.

A pesquisa revela ainda que aproximadamente 82% das empresas tiveram que adiar algum tipo de compromisso porque não obtiveram o valor total do empréstimo. O principal impacto, citado por 26% das empresas, foi o atraso de pagamento dos fornecedores. Em seguida, com 23% das respostas, as empresas disseram que perderam oportunidades de negócios.

Outros prejuízos importantes foram a necessidade de negociação de novos prazos com fornecedores e os atrasos nos pagamentos de tributos e salários.

Juros altos

A elevada taxa de juros, com 77% das menções, foi a principal dificuldade enfrentada pelas indústrias que buscaram capital de giro nas instituições financeiras. Em segundo lugar, com 53% das menções, aparecem as exigências de garantias reais. Em terceiro lugar, com 31% das citações, vêm os prazos muito curtos.

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