Cerca de 2,5 milhões de beneficiários recebem Bolsa Família irregularmente, diz ministro

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou nesta quinta-feira (9) que a pasta estima 2,5 milhões de cadastros do Bolsa Família irregulares.

"Temos um foco de mais ou menos 10 milhões de beneficiários que estão na linha da avaliação, dessa revisão do cadastro. Destes que recebem, 2,5 milhões têm grandes indícios de irregularidade", disse o ministro, conforme em entrevista ao portal uol.

Wellington apontou que há pessoas com renda superior a nove salários mínimos mensais que recebe o benefício. Por outro lado, há pessoas sem renda que não conseguem acessar o Bolsa Família, ressaltou o ministro. 

A varredura no Cadastro Único (CadÚnico) já havia sido anunciado pelo ministro em janeiro. O governo prevê que o pagamento adicional de R$ 150 por criança até seis anos - uma das propostas de campanha - deve ocorrer a partir de março.

O pagamento adicional por criança deve ser viabilizada pela PEC da Transição. Promulgada pelo Congresso em 21 de dezembro, a PEC permitiu o acréscimo de R$ 145 bilhões ao teto de gastos em 2023.

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A estimativa é que R$ 70 bilhões sejam destinados para custear o Bolsa Família. 

QUEM TEM DIREITO AO BENEFÍCIO

O Bolsa Família - que recebeu o nome de Auxílio Brasil durante o governo Bolsonaro - é destinado a famílias em situação de extrema pobreza e pobreza. Os beneficiários devem comprovar a renda.

• Família em situação de extrema pobreza: renda familiar mensal per capita de até R$ 105,00
• Família em situação de pobreza: familiar mensal per capita entre R$ 105,01 e R$ 210,00 

O pagamento mínimo do benefício é de R$ 600 em todo o ano de 2023, a partir de medida provisória assinada por Lula em 1° de janeiro, primeiro dia de governo.