Bom senso recomenda que grandes eventos só sejam retomados após 5 ou 6 meses no CE, diz secretário

Segundo Élcio Batista, secretário chefe da Casa Civil, o governo do Estado estuda quais as regras a serem seguidas pelo setor

Escrito por Redação ,
Legenda: Autoridades pedem que organizadores evitem eventos com aglomeração nos próximos seis meses
Foto: Cid Barbosa

Apesar da plena retomada das atividades econômicas no Ceará acontecer no fim de julho, conforme o plano de retomada gradual elaborado pelo Governo do Estado, os eventos que geram aglomerações continuarão suspensos por cerca de seis meses. É o que recomenda o secretário chefe da Casa Civil, Élcio Batista.

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Segundo ele, o Estado analisa quais regras valerão para grandes eventos. "Eu diria que o bom senso recomenda que ao longo dos próximos cinco ou seis meses esses eventos não ocorram nem no Ceará nem no Brasil. São eventos com grandes aglomerações, onde se tem milhares de pessoas interagindo, e eles podem ser o epicentro de uma segunda onda", alerta.

O diretor da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) no Ceará, Eberth Santos, revela a decepção ao setor de entretenimento não ter sido colocado em pauta no plano de retorno das atividades econômicas do Ceará. "É um setor que emprega milhares de pessoas e que as empresas que fazem o entretenimento no Estado precisam encontrar formas para que essas pessoas possam produzir algo que seja relevante em termos de economia", afirma.

Ele admite saber que as atividades do segmento causam aglomerações, mas cobra cuidado e diálogo mais estreito. "É um setor que precisa de um cuidado maior, um cuidado de pessoas mais especializadas que discutam com esse segmento de uma forma mais inteligente, de uma forma que até possam dar sugestões em comum acordo com o setor. Hoje, infelizmente, não está havendo esse diálogo com o setor", ressalta.

"Nós, como empreendedores, empresários e investidores, precisamos de um diálogo mais franco, mais aberto que possa conduzir a uma retomada de nosso setor de uma forma mais conclusiva", acrescenta Santos.

 

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