BNB aplica R$ 2,2 bilhões no Ceará no primeiro semestre deste ano

Estado lidera contratações no Crediamigo, com R$ 1,5 bilhão aplicado e mais de 700 mil operações. Diretor financeiro e de crédito do BNB diz que houve aumento nas renegociações de dívidas e busca por novos créditos.

Escrito por Redação , negocios@svm.com.br
Legenda: No primeiro semestre, o BNB aplicou R$ 4,3 bilhões na região semiárida do Nordeste.
Foto: Antonio Rodrigues

O Banco do Nordeste (BNB) investiu, no primeiro semestre deste ano, R$ 18,4 bilhões na economia regional, valor correspondente a mais de 2,3 milhões de operações.

Contemplado com 15,8% dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento Nordeste (FNE), o BNB aplicou no Ceará, neste período, R$ 2,2 bilhões, para um total de 43,7 mil operações.

O Estado lidera as contratações no Crediamigo tanto em termos de valores, com R$ 1,5 bilhão aplicado, como em relação ao número de operações, 700,6 mil, o que retrata um ticket médio da ordem de R$ 2,2 mil por operação.

Para o diretor financeiro e de crédito do BNB, Antonio Jorge, um dos grandes desafios da instituição no período foi o ajuste nas plataformas de negócios do banco, com o intuito de não deixar de ofertar crédito aos clientes.

"As nossas contratações tiveram em linha com as contratações do primeiro semestre. Na realidade, nós contratamos até um valor maior. Fizemos no primeiro semestre do ano passado 250 mil operações e neste primeiro semestre, em torno de 282 mil operações, um aumento de mais de 12% em quantidade de operações".

Ele ainda afirma que a pandemia trouxe como consequência um "choque na economia" do ponto de vista da demanda.

"Nós fizemos 28% mais em termos de volume de recursos aplicados com as micros e pequenas empresas. No microcrédito, crescemos 6% em termos de volume de recursos aplicados. Eu diria que o BNB cumpriu que com seu papel e está atendendo seus clientes, buscando muita sensibilidade às necessidades dos clientes".

O diretor também diz que houve aumento na demanda por renegociação de dívidas, tendo em vista o cenário de crise causado pela pandemia.

"Tivemos uma demanda enorme em relação ao reajuste das dívidas de nossos clientes. Nós tivemos que regularizar isso em virtude da queda de faturamento observada pelas empresas nesse primeiro semestre. O primeiro semestre apresentou, principalmente a partir do mês de março, desafios tanto em demanda de novos créditos, como também pela necessidade de regularização das dívidas e a necessidade de ajustarmos todo o nosso processo de atendimento", pontua.

Mudanças

Questionado sobre a flexibilização de processos para atender às empresas, Antonio Jorge diz que o BNB não alterou a política de crédito.

"Aquilo que nós exigíamos em termos de compromisso do cliente para acessar as linhas de crédito do banco permaneceu inalterado. Fizemos algum esforço de poder dentro de um processo de desburocratização não observar algumas questões que comumente eram observadas. Por ser um banco público e operar recursos públicos contamos com apoio do Governo e do Parlamento, que editou legislações que nos permitiram a flexibilidade de observância de alguns documentos, principalmente, os de cartórios".

Ele explica que a Medida Provisória 958, de facilitação ao crédito, desobrigou o BNB a observar uma série de documentos, como certidões negativas de débitos, inscrições em cadastros restritivos ao crédito.

"Isso tudo foi possível neste momento nós não exigirmos a apresentação desses documentos por parte do cliente por conta das legislações que trouxeram esse conforto. No que havia espaço nós flexibilizamos a apresentação para facilitar ao máximo que o cliente do banco pudesse renegociar as dívidas ou tomar créditos novos dentro de um cenário de adversidade".

Resultado

O valor aplicado pelo Banco do Nordeste, em meio à pandemia de Covid-19, foi praticamente igual ao realizado no primeiro semestre de 2019, quando o Banco contratou R$ 18,8 bilhões.

Do total aplicado este ano, R$ 12,5 bilhões, distribuídos em 282,3 mil operações, são oriundos do FNE. No mesmo período, o BNB aplicou R$ 4,3 bilhões na região semiárida do Nordeste.

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