Atacado registra queda de 1,89% nas vendas

Dados preliminares foram coletados por um levantamento feito pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad)

Escrito por Redação ,
O setor atacadista fechou 2014 com queda de 1,89% no acumulado do ano. De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad)  setor teve uma recuperação no último mês do ano, quando registrou crescimento de 11,35% de novembro para dezembro. Entretanto, a retração foi de 6,68% em comparação com dezembro de 2013.
 
Conforme o presidente da entidade, José do Egito Frota Lopes Filho, as vendas ganharam fôlego no mês de dezembro por conta da sazonalidade do período, que sempre cresce com as festas de fim de ano. No entando, o impulso não foi suficiente para recuperar o desempenho do setor ao longo do ano. Para ele, 2014 pode ser considerado um ano atípico, influenciado por aspectos políticos e econômicos.
 
“A confiança do consumidor anda reduzida e o emprego dá os primeiros sinais de enfraquecimento. Nesse cenário, é natural que as famílias racionalizem o consumo; mas não é possível deixar de comprar produtos básicos como alimentos, limpeza doméstica e higiene pessoal. Isso significa que números que apontam crescimento negativo são temporários, devidos a uma base de comparação alta, alcançada em um período de euforia de consumo de itens alimentares e de cuidados pessoais mais sofisticados, o que hoje não condiz com a realidade”, disse o presidente da ABAD.
 
Recuperação em 2015
 
A entidade projeta um crescimento de 1,5% a 2% para este ano, considerado moderado. A projeção leva em consideração pesquisas que apontam alta nas vendas do varejo de vizinhança, segmento de atuação dos agentes de distribuição em detrimento das grandes lojas.
 
“O Banco de Dados mensal nos dá uma prévia, é um dado útil para os gestores do setor; mas aguardamos os números do Ranking, que trabalha com uma amostra maior e pode resultar em uma melhora no índice de crescimento do setor”, concluiu presidente da entidade referindo-se aos números definitivos do crescimento, que serão conhecidos apenas depois de realizado o levantamento anual Ranking ABAD/Nielsen, divulgado no fim de abril.
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