Atacado de confecções espera alta de 30% nas vendas de fim de ano

Com demanda crescente e estoques em níveis baixos, segmento tem tido dificuldades para atender a demanda de varejistas por peças de vestuário. Produtos devem ser comercializados no período de festas de fim de ano

Escrito por Redação , negocios@svm.com.br
Legenda: No Centro Fashion, um dos principais centros atacadistas de Fortaleza, o faturamento esperado para este fim de ano deverá apresentar uma alta de 10%, considerando as vendas físicas e virtuais
Foto: Kid Júnior

Com vendas aquecidas desde o início deste semestre, com o retomada das atividades econômicas, o comércio atacadista de confecções espera apresentar um crescimento em torno de 30% para as vendas do fim do ano. Além da demanda reprimida, o segmento vem se beneficiando pela injeção de recursos na economia local e pela alta busca gerada em novembro por sacoleiros de todo o País por peças produzidas nos polos de atacado de moda de Fortaleza para abastecer os estoques no Natal.

"Por conta do tempo que o comércio ficou parado, as pessoas estão dispostas a ir às compras. O mercado ainda está bastante eufórico e o grande desafio das empresas é abastecer suas lojas para que não falte produto nesse período, que tradicionalmente é o de maior demanda", diz Elano Guilherme, presidente do Sindicato da Indústria de Confecção do Ceará (Sindconfecções). "O que a gente indica é que aqueles que puderam antecipar um pouco suas compras, façam isso para se preparar".

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Crescimento

Elano Guilherme avalia que mesmo com a redução de festas e eventos de fim de ano, as vendas do setor atacadista cresçam cerca de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. "A roupa está ligada a autoestima, e mesmo com a possibilidade de não ter os eventos de fim de ano, as pessoas vão para as festas familiares", diz ele.

Enfrentando dificuldades para atender a demanda, os atacadistas, que em outros anos já estariam com o estoque preparado para as vendas de fim de ano, hoje ainda estão produzindo peças de roupa para abastecer seus clientes.

"Neste ano estou com dificuldade para comprar tecido e para contratar mão de obra, mas estamos com uma expectativa de repetir as vendas do ano passado, o que pode ser considerado muito bom. A demanda está muito alta mas os estoques estão baixos", diz a empresária Kalyne Moura, proprietária da loja KM77, atacadista voltada para moda plus size.

Segundo Ivan Lucca, superintendente do Centro Fashion, um dos principais centros atacadistas de Fortaleza, o faturamento esperado para este fim de ano deverá apresentar uma alta de 10%, considerando as vendas físicas e virtuais.

venda online

"Essa é a nossa época de crescimento de volume de vendas. Para o sacoleiro, a semana forte é a última de novembro, mas neste ano, já tivemos o mês de outubro em um nível bem aquecido", diz. "Este é um ano atípico, e acredito que o vestuário, como é um produto mais barato, vai ser o grande curinga dos presentes de Natal".

Além das vendas físicas, o Centro Fashion criou uma plataforma de vendas online, a Feira Digital. "A plataforma começou em abril, com 50 mil acessos por mês, e hoje temos mais de 600 mil acessos por mês, responsável por 40% das vendas", diz Ivan Lucca.

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