Após decreto, empresas de confecção chegaram a fazer planejamento para retomar atividades

No setor de confecção, funcionários foram comunicados para voltar ao trabalho

Escrito por Redação ,
Legenda: A multa, caso haja descumprimento da decisão, é de R$ 5 mil reais por dia, com teto de R$ 30 mil reais. 

Com o decreto que autorizava 16 setores do comércio, serviços e indústria do Estado a retomarem as atividades nesta segunda-feira (06), empresas se prepararam para a retomada logo nas primeiras horas do dia. A revisão da decisão ainda na madrugada, no entanto, frustrou os planos do setor produtivo. 

Empresários do setor de confecção, um dos afetados pela publicação, chegaram a comunicar seus quadros de funcionário da volta das atividades, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas e Chapéus de Senhoras no Estado do Ceará (SindConfecções), Elano Guilherme. “O decreto e a revogação dele causou um grande transtorno para o setor da confecção. Algumas empresas tinham avisado suas equipes, seus colaboradores para a volta e na madrugada ainda o governador desfez o decreto”, afirma. 

Além da de confecção, o decreto liberava as indústrias de tintas, tecidos, calçados e roupas, de móveis e utensílios domésticos, empresas exportadoras, comércio de materiais de construção e seguros e feiras de gêneros alimentícios, entre outros. 

O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Ceará (FCDL), Freitas Cordeiro, revela que a flexibilização o pegou de surpresa. “Não esperava (pela liberação). Acredito que ele (Camilo Santana) foi levado por muitas pressões para aprovar esse decreto. Tanto que ele foi revogado logo em seguida. E não acho que seja hora de voltar às atividades. O Ceará não pode se dar esse luxo agora”, dispara. 

Cordeiro ainda cobrou que o Estado prova condições das empresas se manterem vivas. “O Estado tem que garantir a ‘alimentação’ pelo menos, se não as empresas vão morrer. Uma das primeiras coisas que a Federação tem pleiteado é o refinanciamento de todos os impostos gerados durante este período de paralização. E ainda não fomos respondidos”, ressalta. 

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