Após boom de vendas em 2020, setor de móveis vive expectativa do retorno do auxílio

A alta nas vendas também ocasionou escassez do fornecimento de matérias-primas, como mdf, pvc e espumas

Escrito por Redação ,
Sindmóveis Móveis
Legenda: Outro ponto em que o setor moveleiro teve sucesso foi nas exportações
Foto: José Leomar

O setor de móveis do Ceará apresentou alta nas vendas de 2020, mesmo com crise provocada pela pandemia de covid-19. Segundo Júnior Osterno, presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário no Estado do Ceará (Sindmóveis), com os benefícios sociais concedidos pelo Governo Federal, o setor viu a preocupação com a queda nas vendas se tornar um boom no faturamento. 

“Com a primeira onda, todo mundo ficou com medo da queda nas vendas, mas com as ações do governo federal, o faturamento teve uma alta inesperada. Teve empresa que aumentou 3%, outra que aumentou 10%, dependendo do segmento”, declara. 

Ainda de acordo com o presidente do sindicato, essa alta ocasionou a escassez do fornecimento de matérias-primas, entre elas as tintas, o mdf, o pvc e a espuma. A paralisação das empresas produtoras, nos períodos de 30 a 60 dias, também impactou o repasse do material. 

“A matéria-prima começou a ficar difícil e subiu muito o valor. Esperamos que as vendas se mantenham, com a possibilidade de vir o novo auxílio, e que os materiais voltem a ter ofertas suficientes”, afirma. 

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Exportações 

Outro ponto em que o setor moveleiro teve sucesso foi nas exportações. De acordo com o presidente do Sindicato, as exportações estão em alta desde o ano passado por conta do dólar favorável, o que permite a competição com os maiores concorrentes dos móveis cearenses: os asiáticos. Segundo ele, a tendência é aumentar ainda mais as exportações.  

“O frete da China para os Estados Unidos está, praticamente, 4 vezes o valor do frete do Brasil para os Estados Unidos. O que faz os americanos voltarem os olhos para nós. A tendência é aumentar as exportações, que já está em alta, porque o dólar está favorável ao exportador”, explica 

Primeira parcela do auxílio emergencial 2021 

O setor agora aguarda o pagamento do novo auxílio emergencial 2021. Inclusive, a primeira parcela do novo auxílio emergencial começa a ser paga no início da próxima semana, conforme indicou o presidente Jair Bolsonaro, que deve liberar os pagamentos iniciais até o dia 6 de abril.   

Com isso, o Ministério da Cidadania ficou de divulgar, nesta semana, o calendário do benefício, que deve atender 42,5 milhões de famílias nos próximos quatro meses, com parcelas de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375, dependendo da formação familiar.   

Benefício emergencial de manutenção do emprego e da renda 

Também deve ser retomado o programa que permite acordos de suspensão do contrato de trabalho ou redução salarial, o BEm (Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda).  

A volta dos acordos foi acertada diante da pressão dos empresários do setor de serviços, que não conseguem manter suas atividades funcionando por conta das medidas de isolamento social.   

Com isso, a medida provisória que vai permitir novos acordos de redução salarial aguarda apenas a assinatura de Bolsonaro para ser publicada, o que pode ocorrer ainda hoje ou amanhã. 

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