Rio. A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou abril com variação de 0,14%, resultado 0,11 ponto percentual inferior ao de março (0,25%), passando a acumular nos quatro primeiros meses do ano alta de 1,1%. Nos primeiros quatro meses do ano passado a inflação oficial acumulada pelo IPCA foi de 3,25% no País.
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Com o resultado de abril, a inflação dos últimos doze meses é de 4,08%, a menor taxa em doze meses desde os 3,74% de julho de 2007 e 0,83 ponto percentual inferior aos 4,57% acumulados nos doze meses encerrados em março.
Os dados do IPCA, a inflação oficial do País, indicam ainda que, em abril de 2016, a taxa havia subido 0,61%. O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e a pesquisa abrange dados de famílias com rendimento de até 40 salários mínimos e envolve dez regiões metropolitanas do país, além de Goiânia, Campo Grande e Brasília.
Combustíveis
A queda de 0,11 ponto percentual na taxa do IPCA de março para abril reflete o recuo dos preços da energia elétrica e dos combustíveis. Segundo o IBGE, no caso da energia elétrica os preços caíram 6,39%, enquanto os preços dos combustíveis tiveram redução de 1,95%. "Com a queda nas contas, a energia, responsável pela significativa parcela de 3,5% da despesa das famílias, representou o maior impacto negativo no ranking do mês (menos 0,22 ponto percentual).
Já os combustíveis, responsáveis por parcela ainda mais significativa, de 5% das despesas das famílias, vieram em seguida, com menos 0,1 ponto percentual, uma vez que a queda foi menor", diz o IBGE.
No caso da energia elétrica, a queda de 6,39% foi influenciada por descontos aplicados sobre as contas, por decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de modo a compensar os consumidores pela cobrança indevida, em 2016, do chamado Encargo de Energia de Reserva (EER) destinado a remunerar a usina de Angra III.
Com a redução no preço da energia elétrica, as despesas com o grupo habitação caíram de março para abril para menos 1,09%, ocorrendo deflação - inflação negativa. Assim, o item habitação ficou tanto com a mais expressiva queda por grupo quanto com o mais significativo impacto.
Já a queda no preço dos combustíveis levou a que o grupo transporte fechasse também com deflação de 0,06%. O litro da gasolina ficou 1,75% mais barato e o etanol, 3,33%. Do lado dos itens que se mostraram em alta sobressai o grupo saúde e cuidados pessoais (1%), tendo os medicamentos na liderança dos principais impactos no índice do mês. É que os preços aumentaram 1,95%, gerando impacto de 0,07 ponto percentual.
Alimentos
Em alimentação e bebidas, a variação de 0,58% refletiu aumento nos preços de vários produtos, como tomate (29,02%) e batata-inglesa (20,81%). Em contraposição aos itens anteriores, alguns produtos, como óleo de soja (-4,17%) e arroz (-1,69%) ficaram mais baratos.