Grupo Vicunha vai expandir produção de manga em 2 cidades do Ceará e gerar 500 empregos; veja locais

Grupo quer ainda aumentar volume exportado pelo Porto do Pecém

Escrito por
Bruna Damasceno e Luciano Rodrigues negocios@svm.com.br

Em um contexto de ampliação do setor agropecuário no Ceará, o Grupo Vicunha, por meio da subsidiária Finoagro, vai aumentar a produtividade dos 300 hectares (ha) da empresa de plantação de manga no Estado.

A informação foi repassada à reportagem pelo secretário-executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) do Governo do Ceará, Sílvio Carlos Ribeiro, durante o Cresce Ceará, evento promovido pelo Diário do Nordeste em parceria com o Banco do Nordeste (BNB) e a Enel.

"Projeto de mangas está aumentando, com o grupo Vicunha, com a Finoagro. Estão querendo plantar manga com o reflorestamento de espécies tipo o eucalipto para a parte de energia e celulose. (…) Manga eles têm três fazendas: duas em Quixeré e uma em Beberibe, eles estão aumentando", disse Sílvio Carlos.

A Finoagro confirmou a afirmação. O cearense Grupo Vicunha, reconhecido no setor têxtil cearense, atua também na agroindústria, e além das plantações no Vale do Jaguaribe (Quixeré) e no Litoral Leste (Beberibe), tem manga plantada em Ipanguaçu, no Rio Grande do Norte, e no Polo Fruticultor de Petrolina, em Pernambuco.

Segundo a empresa, estão em curso "iniciativas estratégicas para expandir a produção de manga no estado do Ceará". A Finoagro não menciona aumento da plantação nas três fazendas em território cearense, mas sim "projetos para aumento da eficiência hídrica e irrigação, o que permitirá aumentar a produtividade dos 300 ha cultiváveis no estado".

Finoagro aumenta produtividade de olho em exportações pelo Pecém

Com o crescimento da produção, a expectativa do braço agroindustrial do Grupo Vicunha é fortalecer as exportações de frutas do Ceará pelo Porto do Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Esse aumento da produtividade nos 300 ha cultiváveis nas três fazendas existentes nas proximidades da Chapada do Apodi, na divisa do Rio Grande do Norte, deve gerar ainda mais 500 empregos.

"A partir dessas medidas, a empresa prevê gerar cerca de 500 empregos adicionais, tanto diretos quanto indiretos, ajudando na criação de renda para as famílias. Ao mesmo tempo, busca-se ampliar as exportações da empresa por meio do Porto do Pecém, fortalecendo o desenvolvimento da economia nacional", destacou a empresa por meio de nota.

Reflorestamento na pauta ESG da Vicunha Têxtil

Como ressaltado por Sílvio Carlos Ribeiro, será ainda feito o reflorestamento de áreas em território cearense para produzir a própria biomassa para a geração de energia limpa. A iniciativa parte da Vicunha Têxtil, maior empresa de denim e denim color, nome dado ao tecido do jeans, do Brasil e da América Latina, segundo informações do grupo.

Conforme a empresa, no entanto, a produção de biomassa "ainda está em fase de estudos técnicos e de viabilidade econômica".

"A Vicunha Têxtil vem estudando a possibilidade de gerar a sua própria biomassa, uma vez que nossa indústria é grande consumidora desse tipo de insumo. No nosso entendimento, o desenvolvimento industrial do estado do Ceará demandará uma maior oferta de biomassa para geração de energia de forma eficiente e sustentável", pontuou.