Fortaleza acumula inflação de 5,2% no primeiro semestre; 2ª maior do País

Em 12 meses, a RMF acumula alta de 10,6% nos preços de produtos e serviços, segundo o IBGE

A inflação de Fortaleza medida pelo Índice Nacional de preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 5,20% no primeiro semestre deste ano - a segunda maior entre todas as regiões metropolitanas pesquisadas. Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA de Fortaleza nos últimos seis meses só não foi maior que o resultado registrado em Rio Branco (5,33%).

Com o índice do primeiro semestre de 2021, a inflação de Fortaleza nos últimos 12 meses encerrados em junho acumula alta de 10,6%.

Resultado mensal

A inflação mensal apresentou leve desaceleração ao passar de 0,62% em maio para 0,59% em junho. Entre os grupos, as principais altas foram observadas nos grupos Vestuário (1,97%) e Habitação (1,24%). Veja todos os grupos:

  • Alimentação e bebidas: 0,36%
  • Habitação: 1,24%
  • Artigos de residência: -0,38%
  • Vestuário: 1,97%
  • Transportes: 0,83%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,50%
  • Despesas pessoais: 0,24%
  • Educação: -0,01%
  • Comunicação: -0,40%

Influências

O presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-CE), Ricardo Coimbra, observa que os preços dos alimentos, que subiram 0,36% em junho, possuem forte participação no resultado mensal e semestral da inflação de Fortaleza.

Na avaliação dele, o Banco Central deve continuar elevando a taxa de juros para conter a inflação, mas reforça que o índice possui variáveis que dependem da safra e da chuva. "Muito provavelmente as chuvas serão em patamar mais baixo".

Para Coimbra, caso o câmbio fique estável, a inflação nos próximos seis meses pode ficar mais controlada. "Mas as incertezas também em relação à produção do petróleo podem fazer com o produto esteja em um patamar mais alto nos próximos ciclos". No caso, a inflação seria impactada.

Energia elétrica

Vilã para o bolso dos consumidores em 2021, a energia elétrica também pode continuar contribuindo para pressionar o índice nos próximos meses. "A energia elétrica, em função da redução dos estoques e com a forte elevação da bandeira 2, também pode influenciar a inflação nos próximos seis meses", diz.

Brasil

No País, a inflação em junho marcou 0,53% - levemente abaixo do resultado de Fortaleza. No ano, o índice acumula alta de 3,77% e, em 12 meses, de 8,35%. As maiores altas foram no grupo Vestuário (1,21%); Habitação (1,10%) e Artigos de Residência (1,09%).