'Dinheiro para o que é essencial não vai faltar', diz Tebet sobre corte de gastos do Governo Lula

Para cumprir o arcabouço fiscal, o Governo Federal tem discutido uma série de cortes em ministérios

Às vésperas da apresentação do pacote de corte de gastos pelo Planalto, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, garante que políticas essenciais não serão prejudicadas. A declaração foi feita neste sábado (23), durante a ExpoFavela, evento que acontece no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.

"A gente tem mais do que a obrigação de cuidar bem desse dinheiro, se nós aplicarmos bem e com eficiência nós conseguimos prestar serviços públicos de qualidade. Não é esse corte, esse ajuste, que vai tirar qualquer centavo daquilo que é essencial para o Brasil. Dinheiro para o que é essencial não vai faltar", disse.

"Há um equívoco de achar que o problema do Brasil é a falta de dinheiro. O problema do Brasil é o dinheiro mal aplicado. O Brasil gasta muito. O problema é que ele gasta mal", pontuou a ministra.

Corte de gastos

Para cumprir o arcabouço fiscal, que prevê deficit zero para 2024 e 2025, o Governo Federal tem discutido uma série de cortes em ministérios. O pacote está quase finalizado, dependendo apenas de reunião entre o presidente Lula (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do retorno do Ministério da Defesa, que entrou na lista de economias da gestão recentemente.

Os militares devem passar por mudanças no modelo de previdência, com elevação progressiva da idade mínima para passar para a reserva remunerada. Hoje é de 50 anos, mas o Governo estuda aumentar para 55 anos. Outra alteração deve ser o fim da morte Ficta, que é a pensão paga a famílias de militares expulsos.

As outras pastas que passarão por contenções de despesas são as de Trabalho e Emprego, de Educação, de Saúde, de Desenvolvimento Social e de Previdência Social.

Entre as medidas, está a mudança no cálculo do reajuste do salário mínimo, que deve considerar apenas a inflação, e não mais o PIB; diminuição do teto de remuneração para o recebimento do abono salarial; e o corte de salários acima do teto do funcionalismo.