Quase metade dos produtos comercializados na unidade da Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa) em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, ficou mais cara de março para abril. Dos 192 itens monitorados, 95 (49,7%) subiram de preço, 75 (39%) apresentaram redução e 22 (11%) permaneceram estáveis. Neste mês, algumas mercadorias já começaram a apresentar novas altas, como é o caso da goiaba e do maracujá.
No fim de abril, o quilo da goiaba e do maracujá custava R$ 3, valor que saltou para R$ 4,50 no início deste mês, uma diferença de 50%. O analista de mercado da Ceasa, Odálio Girão, explica que, no caso da goiaba, a colheita diminui de janeiro a março em Pernambuco, de onde vem a maior parte do item. "Agora, esperamos aumentar a oferta de setembro a novembro. Em relação ao maracujá, as fortes chuvas na Serra da Ibiapaba prejudicaram a produção local. Atualmente, a fruta está vindo, principalmente, da Bahia para abastecer o mercado cearense". Odálio também cita a banana, que registrou mais um aumento e continua com preços elevados. O quilo do produto passou de R$ 3 para R$ 4, variação de 33,3%. Ele lembra que, nos supermercados de Fortaleza, o consumidor está comprando banana com valores ainda maiores. "O cearense ainda deve comprar banana cara até julho, com a previsão de nova safra no Maciço de Baturité. Hoje, a região está produzindo apenas 30% das bananas prata e pacovã. Os outros 70% estão vindo de Pernambuco". O analista chama a atenção para o valor do abacaxi, que passou de R$ 3 para R$ 3,70, aumento de 23%.
Retração
Na lista dos principais itens que registraram queda, está o feijão verde. O produto ficou 40% mais barato, tendo o quilo recuado de R$ 10 para R$ 6. De acordo com Odálio, as chuvas que caíram no Maciço de Baturité, nos litorais Leste e Oeste e na região do Cariri elevaram a oferta do item no Estado. O milho verde também ficou mais barato de abril para o início deste mês. O valor da espiga caiu de R$ 0,70 para R$ 0,30, diferença de 57%. A retração está ligada à melhor produção no Vale do Jaguaribe.
Segundo Odálio, o preço do chuchu também está atrativo. A caixa com 25 quilos, que custava R$ 30, está sendo vendida por R$ 15, uma redução de 50%. "Vale lembrar que o chuchu está vindo de Maciço de Baturité com uma ótima qualidade", observa.