Alimentação e bebidas aumentam 2,46% em abril, na maior pressão no IPCA-15

Grupo Alimentação e bebidas passou de um avanço de 0,35% em março para um salto de 2,46% em abril, uma contribuição de 0,48 ponto porcentual no IPCA-15 deste mês.

Escrito por Agência Estado ,
Legenda: No grupo alimentação, a cebola apresentou a maior alta no preço: 35,79%
Foto: Divulgação

Em meio à pandemia do novo coronavírus, as famílias voltaram a gastar mais com alimentação e bebidas, segundo a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgada nesta terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O grupo Alimentação e bebidas passou de um avanço de 0,35% em março para um salto de 2,46% em abril, uma contribuição de 0,48 ponto porcentual no IPCA-15 deste mês.

O custo da alimentação no domicílio saiu de queda de avanço de 0 49% em março para aumento de 3,14%. As famílias pagaram mais este mês pela cebola (35,79%), tomate (17,01%), batata-inglesa (21,24%), cenoura (31,67%) e frutas (alta de 8,84% em abril e impacto de 0,07 p.p. no IPCA-15 do mês). Por outro lado, os preços das carnes recuaram 0,27%, o terceiro mês consecutivo de quedas, embora menos intensas que as de fevereiro (-5,04%) e março (-1,81%).

A alimentação fora do domicílio saiu de uma alta de 0,03% em março para elevação de 0,94% em abril, influenciada pelo encarecimento do lanche (3,23%). O item refeição subiu 0,05%.

Transportes

O gasto das famílias com Transportes recuou 1,47% em abril, após uma queda de 0,80% em março. O grupo deu a maior contribuição negativa para a taxa de -0,01% do IPCA-15, o equivalente a -0,30 ponto porcentual.

O destaque foi o recuo de 5,76% nos preços dos combustíveis. A gasolina encolheu 5,41%, o item de maior impacto negativo na inflação do mês, -0,27 ponto porcentual, devido a quedas de preços em todas as áreas pesquisadas. O etanol ficou 9,08% mais barato, enquanto o óleo diesel teve redução de 4,65%.

As famílias também gastaram menos em abril com o seguro voluntário de veículo (-2,74%), transporte por aplicativo (-3 11%) e aluguel de veículo (-7,68%).

Na direção oposta, as passagens aéreas subiram 14,83%, após três meses consecutivos de reduções de preços. O ônibus urbano subiu 0,36%, decorrente de reajuste nas tarifas em Salvador.

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